A redução dos casos de Covid-19 no país, assim como a queda na média diária de mortes provocadas pela doença, tem ajudado vários setores a entrar no movimento de retomada da economia.
Mas para o economista Eduardo Leite, apesar dos diversos pontos positivos apresentados nesse momento de recuperação do mercado, algumas medidas governamentais têm anulando a perspectiva de melhora, assim como a desvalorização da moeda e os impactos na inflação:
A desvalorização da moeda também afeta de forma mais direta o dia a dia da população. A partir desse fator, cresce a opção das indústrias pela exportação, encarecendo os produtos no mercado interno.
Quanto ao auxílio emergencial, criado pelo governo federal para auxiliar os desempregados e trabalhadores que perderam renda durante a pandemia da Covid-19, Eduardo Leite percebe que apesar de ser um gasto expressivo, o benefício foi necessário para evitar o colapso de milhões de famílias nesse período.
O auxílio emergencial também colaborou com outro ponto positivo no mercado: a queda na inadimplência. Segundo o economista, o Brasil fechou o mês de setembro com o menor índice do ano:
E aproveitando a participação do especialista, nós perguntamos qual seria a orientação dele para as famílias nesse período de altos preços de produtos alimentícios. Eduardo Leite confirmou a importância da pesquisa de preços e das substituições, sempre que possível:
Sobre o desequilíbrio fiscal do país, Eduardo Leite teme pelos reflexos negativos em longo prazo, situação que pode dificultar a atração de investimentos para o Brasil devido à desconfiança de que o país não consiga honrar com seus compromissos financeiros nos próximos anos.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM