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Economista avalia os principais desafios de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda

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Continua repercutindo em Pará de Minas a confirmação do economista Fernando Haddad como ministro da Fazenda, na gestão do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT).

O Ministério da Fazenda substituirá o atual Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes. Embora não tenha sido uma surpresa para a classe política, o nome de Haddad causou estranheza a muitas pessoas pois, em sua última atuação na gestão petista, entre 2005 e 2012, ele atuou no Ministério da Educação.

Haddad, que disputou as eleições para o governo de São Paulo, é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP) e tem mestrado em Economia na mesma instituição. 

Já trabalhou no ramo da incorporação e da construção civil, foi analista de investimentos do Unibanco e um dos criadores e consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi a Tabela Fipe, usada para verificação de preços de automóveis, que ele ajudou a criar. 

Apesar dessas qualificações técnicas, o nome dele não era o esperado pelo mercado financeiro. Segundo o economista Eduardo Leite, acreditava-se em uma pessoa com um perfil mais técnico e de maior experiência. Como reflexo dessa decisão, o mercado, agora, vive sob incertezas.

Antes mesmo de ser confirmado para a Fazenda, Fernando Haddad vinha se reunindo com o ministro Paulo Guedes, como parte do processo de transição e também para saber qual a real situação econômica do país. 

Para Eduardo Leite, Haddad terá muito trabalho à frente do ministério, mas, neste primeiro momento, ele acredita que o principal desafio será equilibrar as contas públicas, sobretudo se o Congresso aprovar a chamada PEC da Transição, que abrirá um espaço fiscal no teto de gastos de cerca de R$ 145 bilhões no Orçamento do ano que vem. 

Ainda em entrevista ao Jornal da Manhã, Eduardo Leite comentou sobre a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia. De forma geral, ele considerou o trabalho positivo, levando-se em consideração crises provocadas pela pandemia de covid-19 e guerra na Ucrânia, mas fez ressalvas de promessas que não foram cumpridas. 

E aos poucos o Ministério da Fazenda vai ganhando corpo. Ontem, Haddad anunciou o economista Gabriel Galípolo, ex-presidente do Banco Fator, como secretário-executivo da pasta. Galípolo será considerado o número 2 na Fazenda. 

Além do Banco Fator, o novo secretário já trabalhou com o BNDES na estruturação financeira da privatização da Cedae, um marco no programa de saneamento. Também é considerado especialista em instrumentos financeiros de política de crédito em articulação do público e privado para projetos de longa duração.

Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM






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