O presidente Lula confirmou que o governo exigirá dos beneficiários responsáveis por crianças a carteira de vacinação infantil atualizada e frequência escolar. Segundo ele, se as famílias não obedecerem esses dois critérios, deixarão de receber o novo Bolsa Família, que pagará uma complementação de R$ 150 para crianças de até 6 anos de idade.
A decisão do governo no que se refere à imunização tem a finalidade de melhorar os índices de cobertura vacinal de algumas doenças que caíram nos últimos anos, especialmente após a pandemia de covid-19.
Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que três em cada dez crianças brasileiras não estão com as vacinas em dia. Estima-se que no Brasil cerca de 700 mil crianças não receberam a primeira dose da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria da influenza tipo B.
No ano passado, segundo o Ministério da Saúde, os índices de cobertura vacinal dos imunizantes ficaram abaixo da meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Entre as que apresentaram os menores índices, estão as vacinas de tríplice viral, febre amarela, pentavalente, hepatite B e poliomielite.
Pará de Minas não foge à regra dos baixos índices, apesar da divulgação e da oferta de doses em todas as unidades de saúde, além da busca ativa do município junto às escolas. Apesar da afirmação, Lula não disse quando os cortes começarão a ser feitos e se haverá uma força-tarefa para inspecionar a situação das famílias.
Em Pará de Minas, segundo dados da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, o Benefício Primeira Infância (BPI), pago por criança dentro do Bolsa Família, é voltado para 629 beneficiários.
Crédito: Arquivo/Agência Brasil
