Começo de mês é o período em que os consumidores mais vão às compras para reabastecer o estoque de casa. Mas a ida ao supermercado tem sido um grande desafio diante da necessidade de conciliar o orçamento com os suprimentos do mês.
Na lista de compras sempre há uma variedade de produtos, mas nem todo mundo consegue levar todos os itens, dando preferência para os de maior necessidade. Nos últimos meses, o que mais tem pesado na conta são os produtos do grupo alimentação e bebidas.
Ele foi o que mais impactou no último Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país. Segundo o IBGE, entre março e abril, o indicador teve alta de 0,66%, com destaque para as altas nos preços do tomate (10,64%), leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%).
Em Belo Horizonte, uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que a cesta básica em maio atingiu o valor de R$ 707, aumento de R$ 12 na comparação com o mês anterior. Assim como no levantamento da inflação, o principal vilão da cesta foi o tomate, que teve reajuste de mais de 30%.
Para os consumidores, toda cautela é bem-vinda na hora de comprar como disse o produtor rural Osvaldo Fonseca. Segundo ele, a situação é tão delicada que a ocupação dos carrinhos está ficando cada vez menor.
Osvaldo entende que muitos produtos estão mais caros pela questão da oferta no campo, mas acredita que a inflação dos alimentos possa diminuir a partir de ações políticas em prol da sociedade.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
