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Disparada do consumo de cigarro eletrônico preocupa especialistas

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Com o consumo cada vez maior da população brasileira, especialmente os mais jovens, e um mercado sem qualquer inspeção, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a analisar a possibilidade de liberação e regulamentação da produção e venda do cigarro eletrônico.

A informação foi dada pelo Diretor-Presidente da agência, Antônio Barra Torres. Ele admitiu que o tema requer muita atenção das autoridades e que os estudos para a liberação ou não já estão sendo realizados, levando em consideração artigos científicos e manifestações da sociedade e de entidades ligadas ao setor. 

Barra Torres informou que a Anvisa espera publicar uma resolução sobre o mercado ainda neste ano. Especialistas na área veem necessidade de uma regulamentação para o setor, pois, mesmo sendo proibida no Brasil, a venda de cigarro eletrônico acontece sem muitos empecilhos. 

Basta uma rápida pesquisa na internet para encontrar diversas ofertas do produto. Ao mesmo tempo, não há qualquer inspeção de órgão competente sobre como os aparelhos estão sendo produzidos como, por exemplo, qual o nível de substâncias está sendo utilizado.

Entidades médicas e demais profissionais da saúde classificam os eletrônicos como um risco para os usuários. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o médico pneumologista Matheus Assunção Goebel disse que há mais de 80 substâncias presentes no vapor que é produzido no cigarro. Ele faz um alerta. 

Dados divulgados pelo Google Trends mostram como a procura pelos cigarros eletrônicos, também chamados de vapes, cresceu no país. Entre 2021 e 2023, o termo “cigarro eletrônico” aumentou em mais de 1.150% no site. 

Já os termos ‘vape eletrônico’ e ‘cigarro eletrônico vape’ tiveram crescimento de mais de 550% e 650%, respectivamente. Para o pneumologista, as propagandas e a facilidade de aquisição ajudam a explicar o fenômeno. 

E além de fazer mal para os pulmões, o consumo exagerado dos vapes também pode afetar a saúde bucal. Estudo realizado nos Estados Unidos mostrou que cerca de 79% dos entrevistados que fumavam cigarros eletrônicos foram categorizados como tendo alto risco de cárie, em comparação a quase 60% do grupo de controle, composto por aqueles que não consumiam cigarros em geral.

Foto: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM






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