Imagine a cena – o relógio marcava 12”59’10. Desesperado o motorista desce a mil na Rua Silvino Olímpio, no Bairro São Cristovão, aquela que fica bem em frente ao portão de entrada da Fapam. Ele não parou na esquina da Rua Ricardo Marinho, que é sempre muito movimentada e por sorte estava vazia.
Conseguiu entrar na Fapam quando o relógio marcava 13h e os portões começavam a ser fechados para a prova do Enem. Situações semelhantes se replicaram Brasil afora mas ontem, na segunda prova do Enem, a abstenção foi ainda maior que no dia 17 de janeiro – 55%. É o maior índice da história do Enem e em Minas Gerais a ausência chegou a 57%.
As salas mais vazias aliviaram os estudantes e os aplicadores, favorecendo o distanciamento social tão indispensável nesta pandemia. Não faltou álcool gel nos estabelecimentos de ensino usados para as provas e o uso de máscara foi obrigatório.
Após o término das provas os estudantes comentaram a prova e entre os temas mais discutidos estava a questão que usou o personagem Harry Potter como referência. A prova de matemática apostou no famoso bruxo como contextualização. Os candidatos foram desafiados a calcular o número de anagramas da frase “I am Potter” sob a condição de vogais e consoantes intercaladas.
Muitos candidatos brincaram com a situação, dizendo que só mesmo com mágica conseguiram encontrar a resposta de uma análise combinatória, avaliando se o aluno sabe permutar letras. Assim como na semana passada, as provas não foram consideradas tão difíceis e a expectativa agora é sobre os resultados do Enem.
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