A Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil acaba de publicar um estudo apontando que 90% das empresas do país estão com dificuldade para encontrar mão de obra. O problema cresceu tanto de tamanho que elas estão sendo forçadas até a mudar o perfil de seus projetos. A falta de mão de obra atinge todos os níveis do setor, que está com 400 mil vagas abertas no país.
A construção civil foi um dos poucos segmentos que teve crescimento repentino durante os primeiros anos da pandemia, sendo que serralheiro, carpinteiro e pedreiro especialista em acabamento fino estão entre as funções mais demandadas.
Também faltam profissionais para gestão de obra, como mestres e encarregados. Já os entraves para contratação de engenheiros são menores. O desafio de encontrar bons profissionais disponíveis é o mesmo nas capitais e no interior. Aliás, como disse Joaquim Luiz de Freitas, presidente do Sindicato da Construção Civil de Pará de Minas, o problema é antigo, só intensificou agora.
A explicação para isso é que os projetos que estavam na fase de venda, ainda na planta, começaram a sair do papel no ano passado e desde então tem sido necessário contratar mais profissionais.
No Brasil, o salário médio de admissão é de R$1843,00, considerado um dos melhores do mercado, só perdendo para o setor de serviços. Segundo Joaquim, Pará de Minas tem acompanhado essa média.
Pela tabela, o salário de um pedreiro por aqui é de R$1.918,00 mas a grande maioria está recebendo em torno de R$2.500,00 e dependendo da especialidade dele pode chegar a um salário mínimo por semana. Já os serventes têm salário cotado a R$1347,00 mas o mercado está pagando até R$1.800,00. No Brasil, a construção civil já está gerando quase dois milhões e meio de empregos formais.
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