O setor têxtil ainda não tem o fechamento oficial do balanço da produção e venda de 2021, mas as indústrias já sentem que terão mais um ano cheio de desafios. As projeções da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit) são de que 2022 não será de recuperação plena das empresas.
O setor deve registrar crescimento de produção e vendas, mas ele será menor que o índice estimado no ano passado. Os dados da Abit mostram que o avanço da produção deverá ser de apenas 1,2%.
No que diz respeito às vendas, a associação prevê crescimento de 1%, também muito abaixo da última estimativa, que indicava 14,5%. Ainda segundo a Abit, mesmo somando 2021 e 2022, o setor não conseguirá se recuperar do tombo de 17% e 22,5% registrado na produção e nas vendas, respectivamente, em 2020.
Em sua análise, a associação levou em consideração um quadro de baixo crescimento econômico, com consumo prejudicado pela inflação persistente e a geração de empregos mais lenta, sem recuperação da renda.
As projeções são duras, mas podem variar conforme a região e o tipo de tecido trabalhado. No cenário de Pará de Minas quem se manifestou até agora foi o gerente Comercial da Coopertêxtil, Júlio José Morais.
Ele também acredita em um ano difícil, mas se mostra mais otimista tendo em vista os sinais de recuperação do setor de vestuário.
Com relação à máscara, Júlio Morais disse que, com o aumento do número de casos de coronavírus, a tendência é por maior produção dessa proteção, o que deve influenciar positivamente no setor. A Coopertêxtil retomou as atividades no último dia 18, após as férias coletivas.
Júlio Morais também comentou sobre a Arizona Têxtil, nome dado à antiga Horizonte Têxtil de Pará de Minas. Ele tem acompanhado a movimentação em torno do retorno da produção, mas não acredita que isso acontecerá tão cedo:
A volta das atividades da Arizona Têxtil é um sonho do setor em Pará de Minas e de centenas de trabalhadores, já que a fábrica pode gerar mais de 300 empregos diretos em seu parque fabril, no bairro São Pedro.
