Um grupo de pediatras brasileiros, que está ganhando muitas adesões no país, tem se mobilizado na tentativa de quebrar a resistência da sociedade em relação ao adiamento indefinido da volta às aulas presenciais.
Os médicos vêm trocando informações e experiências desde o início da pandemia e, com base nos estudos, chegaram à conclusão que os efeitos psicológicos do isolamento social são mais danosos que a infecção do coronavírus. Isso, no caso das crianças.
O pediatra paulista Paulo Telles declarou ao Jornal da Manhã que é importante os pais terem essa consciência para que possam avaliar melhor a volta de seus filhos ao ambiente escolar.
Segundo os estudos, as crianças se infectam entre duas e cinco vezes menos que os adultos, principalmente quando elas são mais novas. Além disso, são muito raras as complicações do coronavírus para essa faixa etária – elas representam 0,6% dos óbitos.
Doutor Paulo Telles também chama atenção para outro aspecto. O risco das crianças contraírem o vírus da influenza é maior que o vírus da pandemia e as escolas nunca fecharam por causa disso.
Os pediatras também afirmam que o risco dos pequenos contraírem a doença em casa é maior que na escola.
O pediatra Paulo Telles também chama atenção para o fato das testagens não terem ainda sido direcionadas ao público infantil:
Mas que fique bem claro. A defesa dos pediatras em favor da escola presencial não sinaliza, em momento algum, que a prevenção da doença deve ser colocada em segundo plano. A Covid-19 é uma doença séria que já tirou a vida de muitos e continuará fazendo vítimas fatais enquanto não sair a vacina.
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