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Santanense suspende produção novamente e já faz demissões: trabalhadores aflitos

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A insegurança voltou a tomar conta dos funcionários da Companhia de Tecidos Santanense, unidade de Pará de Minas. Poucos meses depois de retomar a produção da fábrica, localizada na rua Doutor Higino, os teares pararam novamente.

Segundo informações chegadas ao Jornal da Manhã, poucas máquinas continuam em funcionamento e algumas demissões até já aconteceram. As fontes afirmam que o motivo da suspensão seria a falta de matéria-prima, no caso, fios de algodão.

Ninguém soube dizer, no entanto, se a falta de estoque é um problema só da empresa ou é um reflexo do setor em nível nacional. Mas o fato é que todos os trabalhadores estão preocupados.

Ninguém esperava por isso, já que a produção da Santanense estava normalizada, com carga máxima de produtividade. A empresa também está com os salários e benefícios em dia. Recentemente, inclusive, ela negociou o pagamento do vale-leite.

Todos os funcionários têm direito a um litro de leite por dia, mas, devido à crise que ela enfrentou há alguns meses, quando a produção foi suspensa, o produto não foi entregue, até mesmo porque eles estavam de licença remunerada.

O acúmulo gerou um crédito de mais de duzentos litros por funcionário. Por se tratar de um produto perecível, eles não poderiam receber tudo de uma vez, desta forma a empresa optou pela remuneração do equivalente.

O JM tentou contato com a direção da Santanense, mas assim como das outras vezes, não conseguiu acesso. O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Pará de Minas também não se manifestou. O espaço segue aberto para as partes.

A nova suspensão das atividades da Santanense coincide com uma notícia que está tirando o sono dos trabalhadores e empresários do setor. A indústria têxtil e de confecção do país diz que a não prorrogação da desoneração da folha de pagamento pode provocar a demissão de até 35 mil pessoas.

O setor alega já enfrentar gargalos para crescer em razão das condições desfavoráveis de competição com o mercado internacional e projeta que sem a desoneração o preço final pago pelo consumidor deve aumentar, dificultando ainda mais o cenário econômico da área.

A indústria têxtil é um dos 17 setores que atualmente são atendidos com a desoneração da folha de pagamento. Ela gera mais de nove milhões de postos nas inúmeras redes de produção.

O presidente Lula tem até o dia 23 de novembro para sancionar ou vetar o projeto. Tanto as empresas como as centrais sindicais pressionam pela sanção da lei, alegando que sem ela a crise vai chegar ao setor. A pressão também é feita pelos trabalhadores.

Outros setores também estão na expectativa da prorrogação: calçados, construção civil, call Center, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, tecnologia da informação, circuitos integrados, transporte rodoviário coletivo e o transporte rodoviário de cargas.

Foto Ilustrativa: Reprodução/Google Maps






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