Depois de ter sido cancelada em 2020, por causa da pandemia de covid-19, Pará de Minas realizou ontem a 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.
Ela aconteceu no salão da Sociedade São Vicente de Paulo e contou com a presença de um público reduzido, em torno de 50 pessoas, que representaram o poder público e a sociedade civil.
A conferência é um momento de debates em torno de assuntos relacionados às políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência. O objetivo é apresentar propostas de melhorias para a legislação a fim de que as ações sejam levadas também a níveis estadual e federal.
Neste ano, foram debatidas diversas questões em torno do tema central, que foi “Cenário atual e futuro na implementação nos direitos das pessoas com deficiência”. Entre os assuntos discutidos, destaque para a garantia de acesso das pessoas com deficiência às políticas públicas, desafios para a comunicação universal e o direito à acessibilidade.
Segundo o presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Samuel Lopes, todas as propostas apresentadas serão inseridas em um relatório e apresentadas na próxima reunião em outubro.
Após avaliação dos conselheiros, será elaborado um documento com as propostas para encaminhamento à conferência estadual. Ao Jornal da Manhã, Samuel Lopes comentou sobre a importância dessas discussões, mas destacou que ainda é preciso enfrentar um grande obstáculo, que é o preconceito.
Assistente social da Apae, Simone Gonçalves Lopes foi uma das participantes da conferência e falou da politização da população a respeito dos direitos das pessoas com deficiência. Por esse caminho, ela acredita que a sociedade terá ganhos significativos em curto e médio prazo.
O Jornal da Manhã também conversou com os deficientes visuais Moacir Amaro e Alisson Souza Mendes, que elencaram as principais dificuldades enfrentadas no dia a dia em Pará de Minas.
A Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência está programada para acontecer em novembro, nos dias 16, 17 e 18, e terá representantes de Pará de Minas, que serão responsáveis por levar as propostas definidas na edição municipal. Caso sejam aprovadas, futuramente, elas podem até virar políticas públicas em Minas Gerais, contemplando a pessoas deficientes de outras cidades.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Pará de Minas/Divulgação
