Andar de bicicleta pelas ruas de Pará de Minas está cada vez mais difícil, diante do tamanho da frota de veículos motorizados e da falta de espaços exclusivos para a circulação das bikes. A cidade não tem ciclofaixas nem ciclovias.
As principais vias de acesso, como as avenidas Presidente Vargas, Alano Melgaço e Professor Mello Cançado, assim como as ruas Nova Serrana e Benedito Valadares, mostram os desafios enfrentados nesta área urbana.
Os trechos não possuem áreas destinadas às bicicletas e enfrentam um fluxo sobrecarregado, com congestionamentos mesmo em horários que não são considerados de pico.
Quem percebe essa situação cotidiana é o ciclista e proprietário da Divina Rodas, Jairo Mendes. Na maioria dos dias, ele vai trabalhar de bicicleta, percorrendo o trecho entre o bairro Providência e a praça Melo Viana. Mesmo com grande experiência, ele diz que os riscos são muito grandes:
Jairo Mendes lamenta a falta de execução de políticas públicas eficazes para melhoria da mobilidade urbana. E cita o Plano Diretor, que prevê a prioridade para o transporte não motorizado nas vias públicas, com a criação de ciclovias e ciclofaixas. O ciclista acredita que, a partir de uma boa infraestrutura voltada para as bicicletas, o trânsito da cidade teria muito a ganhar.
Para saber os planos do Município com relação à implantação das ciclofaixas ou ciclovias, o Jornal da Manhã conversou com o secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano, Dimitri Morais.
Ele reconhece que essas áreas contribuiriam para a mobilidade urbana, mas enfatizou que a infraestrutura atual das ruas e avenidas, como as que foram citadas anteriormente na reportagem, dificulta a implantação.
A alternativa encontrada pela prefeitura tem sido incentivar a colocação das faixas destinadas às bicicletas nos novos loteamentos. Dimitri Morais deu mais detalhes.
Segundo o Plano Diretor, ciclovia são vias destinadas à circulação de bicicletas, separadas do tráfego motorizado por canteiros ou barreiras. Já as ciclofaixas são parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de bicicletas, delimitada por pintura no pavimento e sinalização específica. Apesar da iniciativa citada pelo secretário em cobrar dos loteamentos implantados a partir de 2018, o que se vê são poucos locais com a implantação efetiva desses espaços.