O tema “Violência contra a Mulher” tem sido cada vez mais difundido, seja pelas mídias como também pelos órgãos públicos de segurança e de saúde. O motivo dessa visibilidade é o aumento do número de casos envolvendo os mais diversos tipos de violência contra o público feminino.
Em Pará de Minas o assunto ganhou destaque durante 1º Fórum de Combate à Violência contra Meninas e Mulheres, realizado no início do mês. O evento foi visto como um importante passo no debate a esse tipo de política pública.
Desde então, vários debates e capacitações têm acontecido dentro da preparação dos órgãos de saúde para acolhimento das mulheres, vítimas de violência, e para uma abordagem preventiva com a população de forma geral.
Mas embora pareça novidade, a abordagem da violência contra a mulher pelos órgãos de saúde já acontece desde 2010, quando o tema se tornou um agravo de notificação compulsória em Minas Gerais, situação que exige parecer do médico que presta assistência à pessoa.
De acordo com Maria de Lourdes Liguori, enfermeira Referência Técnica em Vigilância Epidemiológica, esta situação afeta um público imenso e reflete diretamente no sistema de saúde, que precisa estar preparado para atender a demanda.
Maria de Lourdes lembra que o grande desafio é fazer com que as vítimas que não procuram ajuda nas unidades também sejam atendidas, já que a maioria dos casos fica encoberta.
Perguntada sobre como funciona esta abordagem às vítimas nos estabelecimentos de saúde, ela explicou que tudo começa no acolhimento.
Maria de Lourdes defende que o movimento de sensibilização e conscientização seja constante, ampliando as discussões para o empoderamento das mulheres, a fim de fortalecer a rede de apoio em todo o município.