Após reunião em Brasília, produtores de leite estão na expectativa de que o governo federal anuncie novas medidas para minimizar os impactos da alta importação do leite em pó e fortalecer a produção nacional.
O encontro contou com a presença de pecuaristas de todo o Brasil e representantes da União, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Os produtores cobraram providências quanto à larga importação de leite em pó que, somente no primeiro semestre, superou em quase 300% o mesmo volume importado nos seis primeiros meses do ano passado.
Como resposta, o governo reforçou a divulgação de ações anunciadas recentemente, caso da revogação de medidas que reduziam impostos de importação de produtos lácteos e o aumento do imposto de importação de 12% para 18%, pelo período de um ano, para três produtos lácteos.
Acontece que os pecuaristas querem mais, por entender que o cenário atual enfraquece a produção nacional e coloca em risco, principalmente, a sobrevivência das pequenas propriedades.
Milton Guimarães, produtor e representante da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR), participou do encontro e falou conosco:
Ao comentar a situação do produtor de leite, Milton Guimarães classificou o momento como caótico, dizendo que a concorrência com os outros países é desleal.
Atualmente, a pecuária leiteira nacional emprega mais de 4 milhões de famílias. Minas Gerais é o estado com a maior produção leiteira do país, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal. Em nosso estado são produzidos 9,6 bilhões de litros por ano, representando 27% do total nacional.
