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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

População avalia a flexibilização do uso de máscaras, enquanto especialistas manifestam grande preocupação

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Na primeira segunda-feira pós-publicação do decreto que retirou a obrigatoriedade do uso da máscara em ambientes fechados em Pará de Minas, o que se viu foram muitos paraminenses precavidos em locais com aglomeração de pessoas, como casas lotéricas e agências bancárias.

A reportagem do Jornal da Manhã percorreu as ruas centrais da cidade e percebeu que uma quantidade significativa de cidadãos ignorou a vigência do decreto 11.939 e manteve a proteção com o uso da máscara, especialmente dentro dos estabelecimentos.

O que mais chamou atenção foi a fila na Caixa Econômica Federal. Mesmo do lado de fora da agência, a maioria absoluta de pessoas usava a máscara. E não foi por falta de conhecimento da legislação, mas sim, por plena consciência de que a pandemia ainda não acabou e que o vírus continua circulando. Acompanhe os depoimentos. 

radiosantacruzfmg.com.br · Depoimentos

Na fila, o Jornal da Manhã também conversou com Adalberto de Araújo Santana, de 39 anos, morador do bairro Santos Dumont. Há poucos meses ele quase perdeu a vida para o vírus e, agora, diz que a máscara é um item obrigatório ao sair de casa. 

radiosantacruzfmg.com.br · Adalberto De Araújo Santana

Mas se existem pessoas que ainda utilizam a máscara mesmo sem a obrigatoriedade, há, também, aquelas que comemoram a publicação do decreto municipal por não aguentar mais utilizar o equipamento de proteção ao vírus. Um exemplo é o cidadão Daniel Chaid.  Em conversa conosco, ele explicou seus argumentos para deixar, mesmo que temporariamente, a máscara guardada. 

radiosantacruzfmg.com.br · Daniel Chaid.

Após quase dois anos prevendo o uso obrigatório da máscara, o Município publicou, na tarde da última sexta-feira, o decreto 11.939 que retirou essa obrigação por parte da população, pegando muita gente de surpresa, já que era esperado que Pará de Minas alcançasse índices melhores no que diz respeito à dose de reforço.

Recentemente, o secretário Estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, defendeu que os municípios flexibilizassem a medida quando atingissem 70% de cobertura da terceira dose. Em Pará de Minas, segundo o vacinômetro, o índice não chegou a 50%.

A justificativa do Município foi o fim do Minas Consciente e o bom cenário epidemiológico, com baixa contaminação e ocupação reduzida de leitos hospitalares.

Vale lembrar que o uso da máscara é opcional, portanto, os cidadãos podem continuar usando onde e quando pretenderem.

O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS – Com a chegada do outono, os especialistas se mostram preocupados com o aumento das doenças respiratórias, que são comuns quando as temperaturas caem. A flexibilização em relação ao uso de máscaras justamente na mudança de estação aumenta ainda mais o temor.

Outra preocupação com o relaxamento da medida é a chance de surgir uma nova variante, a Sars CoV-2. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz afirmam que o não uso de máscaras favorece o aumento de casos e isso está relacionado com o desenvolvimento de mutações.

A explicação deles é que as variantes sempre surgem em momentos de maior transmissão. Dessa forma, a probabilidade de ocorrer uma variante nova é exatamente proporcional ao número de casos que estão sendo gerados.

E o maior dilema que envolve o surgimento de uma nova variante é não saber o impacto que ela pode trazer para o estágio atual da pandemia, que volta a mostrar sinais no Brasil.

Como a cobertura vacinal ainda não atingiu o ideal, a redução de medidas protetivas pode ser uma combinação explosiva, ainda mais se levarmos em consideração o aumento sazonal dos vírus respiratórios típicos do outono-inverno.

Sem o uso da máscara, a tendência é que essas doenças voltem a circular na mesma ou maior intensidade do passado, seja por conta da baixa cobertura ou pelo fato de que o vírus não circula há muito tempo e aí a população perde a proteção. Nesse caso, enfrentaríamos surtos.

Os infectologistas defendem, inclusive, que a vacinação contra a gripe, prevista para abril, inclua também a vacina do sarampo para crianças de até 5 anos de idade. É que nesta faixa etária a doença é mais perigosa que a própria Covid.

E como nos últimos dois anos não tivemos campanhas de vacinação no Brasil, é urgente imunizar as crianças contra o sarampo, que pode causar doenças como encefalite e meningite, além do risco de morte.

A campanha nacional de imunização contra o vírus influenza começa no dia 4 de abril. A meta do Ministério da Saúde é de imunizar 90% do público-alvo.

Foto: Ilustrativa

Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz







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