O abandono e a degradação ambiental da represa do Lago Azul, no distrito de Carioca, continuam incomodando moradores e sitiantes da região.
Há mais de dez anos, o lago tem sido castigado com a poluição do Rio São João e o espelho d’água, que antes era considerado uma das principais belezas naturais da cidade. Hoje, ele está tomado por aguapés e capim-braquiária, em um cenário lastimável.
A recuperação do Lago Azul já foi debatida várias vezes em instâncias públicas. Em 2014, por exemplo, deputados da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa estiveram no local e lamentaram o nível de poluição.
Mas apesar da gravidade do problema ambiental, as tentativas de resgatar a represa não surtiram efeito. Quem tem propriedade rural próximo à lagoa não consegue esconder a frustração pelo cenário atual, caso do empresário Júlio Maria Guimarães Ferreira.
A preocupação do empresário agora é com o avanço da braquiária, porque esse tipo de vegetação é mais difícil de ser retirada e por isso pode representar mais um obstáculo em uma possível tentativa de recuperação do Lago Azul.
Uma das esperanças de Júlio Ferreira e de todos que torcem pela recuperação do Lago Azul é que o nível de poluição diminua nos próximos meses, com o funcionamento regular da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Itaúna, inaugurada no final do ano passado.
Com capacidade para processar 400 litros de esgoto por segundo, a ETE vai tratar o esgoto doméstico da vizinha cidade e devolver água limpa ao Rio São João, cujo curso d’água cai na represa do Carioca. Mas só essa ação não será suficiente, pois, segundo Júlio Ferreira, outras empresas e até produtores rurais lançam esgoto no rio.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa amapangeia.org.br
