Cinco anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, considerada a maior tragédia ambiental da história do país, a Prefeitura de Pará de Minas convocou a imprensa para um balanço das ações de reparação às quais o Município foi contemplado.
Mesmo distante há quase 75 quilômetros de lá, Pará de Minas foi afetada pelo desastre por causa do Rio Paraopeba. Em janeiro de 2019, o rio era uma das alternativas de abastecimento de água à população, mas o uso da água foi suspenso por causa da poluição sem precedentes, provocada pela lama de minério. Outras 25 cidades também foram prejudicadas.
O prefeito Elias Diniz iniciou a conversa com os jornalistas lamentando o que ele classificou como “acidente-crime” e as 272 vidas perdidas. Também destacou que antes mesmo do Acordo Judicial de Reparação, Pará de Minas conseguiu acertar com a Vale R$ 170 milhões para construir uma adutora de captação de água no Rio Pará.
Sobre o acordo estadual, Elias Diniz informou que a cidade tem direito a um repasse de R$ 90 milhões, recursos que ainda serão executados em diferentes áreas.
As ações destacadas pelo prefeito foram votadas pela população através da Consulta Popular, realizada em 2021. Dentro da área de Infraestrutura Urbana e Rural, a melhoria das estradas, ruas e pontes foi a obra mais reivindicada, com 79% dos votos.
Já na área da saúde, as duas intervenções mais selecionadas foram a construção e compra de equipamentos para um bloco de hemodiálise (50%) e a reforma e ampliação do Hospital Padre Libério (48,9%). Na entrevista, o prefeito não mencionou detalhes das obras.
Ao falar sobre os próximos anos, Elias Diniz ressaltou a esperança pela recuperação do Rio Paraopeba, não apenas para o abastecimento de água à população, mas por tudo que o recurso ambiental pode trazer de benefícios para a região.
Para saber mais sobre o Acordo Judicial de Reparação, os cidadãos podem acessar o site mg.gov.br/pro-brumadinho. Na página, estão as informações sobre os principais pontos do acordo, projetos a serem contemplados, quem estará fiscalizando a execução das obras e como fica o andamento dos processo criminais decorrentes do desastre.
