Em um mundo cada vez mais conectado, fornecer um bom sinal de internet em espaço público tem sido um desafio para as prefeituras brasileiras. A chamada universalização do acesso à internet é cobrada não apenas pela população, mas, também, por organizações que trabalham pelo fim da desigualdade de acesso.
Segundo a Pesquisa TIC Domicílios do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 58% dos brasileiros conectados têm no celular a única forma de acesso à internet, sendo que 85% deles estão inseridos em classe de baixa renda.
Para os especialistas, nem os aparelhos, nem a qualidade das conexões permitem a realização de atividades mais sofisticadas, abarcando principalmente serviços de comunicação. O cidadão que está neste caso é classificado como usuário de segunda classe da internet.
Na tentativa de minimizar essa situação em Pará de Minas, a BR Super, juntamente com a Secretaria Municipal de Cultura, mantém o projeto Cultura Conecta, que oferece Wi-Fi gratuito em quatro praças movimentadas da cidade: Padre José Pereira Coelho, Cônego Gabriel Hugo da Costa Bittencourt, Nossa Senhora da Conceição e Torquato de Almeida.
Proprietário da BR Super, Amarildo Oliveira, diz que a proposta tem alcançado bons resultados, auxiliando muitos cidadãos com o acesso estável à internet. Para utilizar o serviço, basta o interessado estar em um dos pontos disponibilizados para o Wi-Fi, conectar-se à rede, fazer o cadastro e criar uma senha.
Ao Jornal da Manhã, o empresário também destacou a conexão na zona rural, que tem ganhado mais investimentos por parte das empresas do setor.
O avanço da internet na zona rural é uma realidade em todo o país. Segundo pesquisa do IBGE, em 2021, mais de 74% dos domicílios na área rural tinham acesso à internet, percentual bem mais alto que os 57% registrados em 2019. Ainda segundo a pesquisa, entre os equipamentos mais usados para o acesso à internet o celular é o preferido por quase 100% das pessoas.