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Jovem denuncia clínica de massagem terapêutica por abuso sexual: caso está sendo investigado pela Polícia Civil de Pará de Minas

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A Polícia Civil de Pará de Minas abriu inquérito para investigar uma denúncia muito séria contra uma clínica terapêutica da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, uma jovem de 20 anos, cujas iniciais são A.C., denunciou o crime de violação sexual mediante fraude.

O Jornal da Manhã teve acesso ao boletim e à suposta vítima, que concedeu uma entrevista contando detalhes da situação que ela apresentou na Delegacia de Mulheres. 

Ela disse que procurou a clínica de massagem terapêutica diante de um quadro de depressão e ansiedade. Na primeira vez passou por uma avaliação, feita pela sócia-proprietária. Na segunda vez, foi submetida a uma limpeza energética.

Já a terceira sessão seria dedicada a uma massagem terapêutica, com a presença do casal que é proprietário da clínica. Ocorre que, na referida data, somente o sócio compareceu e a partir daí, segundo a cliente, os fatos que se sucederam foram traumáticos.

A.C. disse que praticamente durante toda a sessão, o profissional se referia à beleza de seu corpo, dizendo que ela era um ‘mulherão’. Entre tantas manifestações, consideradas inapropriadas por ela, em determinado momento o massoterapeuta chegou a dizer: “Seu bumbum é muito durinho, em São Paulo chamamos de potranca. E aqui, chamam de quê”?

Assustada e com medo de reagir, porque estava sozinha com ele, A.C. foi ficando cada vez mais nervosa, tentando dificultar os avanços. Em uma entrevista emocionada, ele revelou detalhes dos momentos que viveu naquele dia:

Segundo a jovem, o diálogo inapropriado continuou, com o massoterapeuta deixando-a cada vez mais amedrontada:

Ela também disse ao Jornal da Manhã que decidiu tornar o caso público, na tentativa de evitar que outras pessoas passem pela mesma situação:


A.C. deixou a clínica muito angustiada e não teve condições psicológicas de contar aos pais. Quem fez isso, no outro dia, foi o gerente da loja onde ela trabalha, na rua Benedito Valadares.

Escandalizado com os relatos, o gerente chamou a mãe dela e sugeriu que eles fossem à Delegacia de Polícia, o que aconteceu em seguida. O casal já foi intimado e compareceu para os depoimentos iniciais. A Polícia Civil não vai se manifestar por agora, nem o advogado contratado pela família da jovem.

Já os proprietários da clínica denunciada, ao serem procurados pelo Jornal da Manhã, optaram por não gravar entrevista, enviando uma nota por meio do aplicativo de WhatsApp. A nota diz o seguinte: 

“O atendimento realizado foi padrão: massagem. Não houve nada de errado, imoral, antiético e muito menos ilícito. Nunca tivemos qualquer tipo de reclamação ou enfrentamos uma situação dessa natureza, apesar da quantidade de pacientes que já atendemos. 

O relato dessa jovem nos causou extrema surpresa, tanto pelo fato de não corresponder à realidade quanto porque acreditávamos que ela estava contente com o tratamento. Afinal, fechou o plano, indicou novos pacientes e inclusive marcou um retorno após a massagem em questão. 

Não houve qualquer relato de incômodo ou desconforto, seja no atendimento ou após. Pelo contrário, a paciente foi embora aparentando leveza. O meu trabalho, ao lado e em conjunto com minha esposa, é voltado para a cura, no intuito de ajudar as pessoas e acolhê-las, conduzindo a uma vida equilibrada e saudável. 

Trabalho esse que ajudou e ainda ajuda muitas pessoas dessa cidade. Prezamos muito por ele e em hipótese alguma esse propósito é desviado. O fato de estar vivenciando isso causa, portanto, uma tristeza e incompreensão profundas, justamente por saber que nada aconteceu da forma como foi relatada. 

Verifica-se uma interpretação pejorativa e deturpada dos fundamentos e processos da terapia holística pela jovem. Logo, esperamos que os fatos sejam esclarecidos e que a verdade prevaleça. Lutaremos por isso e contribuiremos para tal. 

Esperamos, ainda, que haja uma consciência das pessoas no geral da gravidade desse tipo de acusação, do dano que isso gera na vida dos envolvidos, dos familiares e em nosso trabalho, por algo que não corresponde à realidade ou que sequer aconteceu”.

O Jornal da Manhã também teve acesso às mensagens que a referida clínica enviou aos demais clientes, depois do episódio envolvendo a comerciária A.C. Na primeira, houve a informação de que, por orientação espiritual, os atendimentos seriam suspensos por alguns dias devido às energias negativas.

E a sua segunda mensagem informava que os procedimentos da clínica têm por objetivo auxiliar no equilíbrio dos quatro corpos. “Somos guiados por Deus... Nosso consultório terapêutico existe com a finalidade de contribuir com todas as pessoas de forma positiva e nunca, em hipótese alguma, faríamos algo ausente do amor de Deus”.

O Jornal da Manhã não divulgou os nomes dos envolvidos nesta reportagem porque a apuração dos fatos ainda não foi concluída pela Polícia Civil de Pará de Minas.

Foto Ilustrativa: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM







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