O prefeito Elias Diniz se reunirá hoje com o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, e representantes do Aeroporto Carlos Prates e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para discutir a viabilidade de o Aeroporto de Pará de Minas receber voos do aeródromo da capital mineira.
A possibilidade foi ventilada na última semana pela prefeitura de BH após o Aeroporto Carlos Prates, localizado na região Noroeste da capital, ter suas atividades encerradas pelo Governo Federal. A decisão, tomada no último dia 14, entrará em vigor a partir do próximo dia 1º de abril e o terreno será repassado ao Executivo.
O Aeroporto Carlos Prates é voltado para a formação de pilotos, aviação desportiva e de pequeno porte e construção de aeronaves. O fechamento dele é considerado um sério problema que Fuad Noman tenta resolver, pois no local funcionam 4 escolas de formação de pilotos e 15 empresas que geram cerca de 500 empregos diretos.
Ciente desses números, Elias Diniz vai a Belo Horizonte conhecer a proposta que será feita a Pará de Minas. Ele admite que a responsabilidade em aceitar ou não a transferência dos voos é grande e diz que irá se certificar de que a cidade será totalmente beneficiada.
Sobre os pontos positivos da transferência de voos e empresas sediadas no Aeroporto Carlos Prates, Elias Diniz destacou as oportunidades que se abrirão para a economia local e o consequente desenvolvimento de Pará de Minas.
O Jornal da Manhã também questionou o prefeito sobre a avaliação dos moradores do bairro Santos Dumont a respeito da possível vinda dos voos e empresas do aeroporto da capital. Há alguns anos, famílias que residem próximas ao Aeroporto Municipal relatam a falta de segurança e o medo de serem vítimas de acidentes. Segundo Elias, se houver mudança ela acontecerá dentro de sérias diretrizes de prevenção para utilização do espaço.
Elias Diniz também comentou o vencimento da concessão do Aeroporto Municipal ao Aeroclube de Pará de Minas. O assunto foi levantado na Câmara Municipal, onde o vereador Gustavo Duarte anunciou que o contrato expirou em 2016 e cobrou explicações da Prefeitura.
O encontro de Elias Diniz com os demais representantes está previsto para 16h, em Belo Horizonte. Segundo apurou o JM, a decisão não será tomada hoje, até mesmo em virtude da complexidade do assunto.
E enquanto a classe política discute a transferência dos voos para outras cidades, o professor de engenharia, Ricardo Poley Ferreira, divulgou um manifesto pela permanência do aeroporto. O documento diz que há 80 anos o Carlos Prates vem desempenhando papel vital no desenvolvimento tecnológico, educacional e no desenvolvimento econômico de Minas e do Brasil.
O manifesto também lembra que o aeroporto Carlos Prates é a casa de várias escolas de aviação, onde cerca de mil aviadores são formados todos os anos e cita também que Belo Horizonte é a quarta cidade do Brasil em número de movimentos de aeronaves, considerando a aviação comercial, geral e executiva. E isso não pode acabar da noite para o dia, sem uma discussão série a consistente.
Foto: Google/Maps