O projeto que trata do nepotismo em Pará de Minas foi aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal, mas ainda depende da segunda votação, o que deverá acontecer na próxima semana.
O assunto voltou a render discussões no plenário, mostrando uma Câmara dividida. De um lado os vereadores que apoiam a autora da proposta, Irene Melo Franco, que defende mais transparência no poder público.
E do outro lado estão os vereadores que se apoiam na Constituição Federal, alegando que ela já trata do assunto. Irene reconhece isso, mas insiste na proposta para que Pará de Minas tenha legislação própria. Apresentado no ano passado e derrubado em plenário, o projeto volta agora com grandes chances de ser aprovado nas duas votações. E isso só não aconteceu ainda porque ele recebeu algumas emendas, sendo que uma delas ainda não foi votada.
De autoria do vereador Marcílio Souza, ela exclui profissionais aptos a ocupar a função. O entendimento dele é que não se pode prejudicar um trabalhador pelo fato dele ter alguma ligação com agentes públicos.
Mas apesar de defender essa exclusão, o vereador não acredita que a emenda seja aprovada e já admite a possibilidade de retirá-la, antes mesmo da próxima reunião:
Marcílio Souza também usou a tribuna da Câmara para fazer um desabafo. Ele está convencido que o projeto do nepotismo tem como única finalidade a exoneração de sua esposa, que ocupa um cargo na Secretaria de Saúde.
Em defesa dela, afirmou que se trata de excelente profissional e que não terá dificuldade em se manter no mercado. Visivelmente nervoso com alguns ataques sofridos nas redes sociais, Marcílio também rebateu as críticas de que a esposa teria levado muito tempo para concluir o curso de Direito.
E terminou: “De fato isso aconteceu, porque faltou dinheiro para bancar a mensalidade da faculdade. Quando a questão financeira foi restabelecida, ela voltou para a sala de aula, terminando o curso sem dever nada”.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz/ Amilton Maciel
