Carne, leite e agora os ovos. O consumidor está muito assustado com o aumento de preços, já que o produto passou a ser largamente ingerido depois da alta constante de outras proteínas.
Nas últimas semanas os ovos subiram bastante de preço, acompanhando a escalada da cadeia produtiva, pesando ainda mais no orçamento doméstico. Acontece que os aumentos vêm ocorrendo já há dois anos, resultando em um reajuste de 202% acima da inflação oficial.
O resultado disso aparece no carrinho de compras, já que até nos ovos os consumidores estão sendo obrigados a economizar. Donas de casa lamentam a realidade, ainda mais pelo fato da carne estar sumida do prato devido ao alto custo.
O consumidor até entende a elevação dos preços – como afirmaram ao JM Nicole e Martinho Vilaça – mas não deixa de sentir o impacto no bolso que já anda muito vazio:
Do campo vem a explicação para os valores recordes dos ovos. O produtor está pagando caro pelos insumos, sobretudo na avicultura de postura, e os reflexos chegam ao atacado e ao varejo. Os custos elevados também prejudicaram o capital de giro de muitos produtores, que não mais estão conseguindo produzir ovos no mesmo ritmo do consumo.
Além da alta do milho e da soja, ainda tem o peso do câmbio que eleva o custo de vitaminas e minerais que são dolarizados. Em resumo, a situação dos produtores de ovos não é nada boa, principalmente no que diz respeito aos de menor porte. Marta Oliveira falou conosco:
O preço do milho e do farelo de soja, usado na ração das galinhas, cresceu cerca de 150% em um ano e meio. Também houve alta expressiva no custo das embalagens – em torno de 80%.