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Sinal amarelo: Pará de Minas passa a liderar o ranking da dengue na região

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A população de Pará de Minas agora tem mais um motivo para reforçar o combate ao mosquito Aedesa egypti, transmissor da dengue. É que uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) identificou dois vírus em mosquitos dessa espécie, que podem aumentar em aproximadamente 10 vezes a transmissão da dengue e da zika.

Os vírus foram nomeados pelas siglas HTV e PCLV e, segundo os pesquisadores, foram identificados inicialmente no Rio de Janeiro e na Tailândia. 

De acordo com o professor João Trindade Marques, líder do grupo de pesquisa, a descoberta partiu do monitoramento dos vírus que circulam em outras populações de mosquitos. 

Ele explicou que, “em geral, quando um organismo é infectado por dois vírus, o mais comum é que haja uma competição entre eles”. No caso das cepas identificadas, verificou-se uma associação positiva, que os pesquisadores classificaram como “extremamente intrigante”.

Ao todo, foram coletados 815 mosquitos Aedes em cidades de 12 países, com foco maior no Brasil, epicentro das duas doenças. Diante desta descoberta, eles buscaram informações se a correlação entre os vírus poderia explicar surtos de dengue em determinados locais, como já aconteceu em Pará de Minas, por exemplo. 

Então fizeram análise epidemiológica baseada em dados de campo, coletados em 2010 e 2011, em Caratinga, para avaliar a circulação de dengue nos mosquitos e em pacientes infectados na cidade para compreender os surtos. Após a reavaliação dos dados, observaram que a correlação entre os três vírus tem efeito multiplicativo, ou seja, facilita a transmissão das doenças.

Ainda no estudo, os pesquisadores descobriram outro ponto importante: a presença do HTV e do PCLV leva à diminuição em dois dias do período de incubação do vírus da dengue e da zika no mosquito, fator que, segundo eles, também aumenta a possibilidade de surto.

Por fim, o professor João Trindade destacou que a pesquisa não comprovou que a presença desses dois vírus afete o desenvolvimento das doenças no ser humano. 

E ontem a Secretaria Estadual de Saúde atualizou o boletim epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes em Minas Gerais. Pará de Minas aparece com 103 casos prováveis de dengue, 1 de chikungunya e 1 de zika. Casos prováveis englobam os suspeitos e confirmados.

As estatísticas relacionadas à dengue colocam Pará de Minas em primeiro lugar no ranking no Centro-Oeste mineiro. Para se ter ideia desse número, Divinópolis, com população duas vezes maior que a nossa, tem pouco mais da metade de casos prováveis de dengue.

Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação






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