Chegou ao fim o 6º Campeonato Mundial Adulto de Badminton de Surdos. As finais aconteceram ontem no Centro de Alto Rendimento Esportivo, na Praça de Esportes, sem a presença de brasileiros, mas com disputas emocionantes em todas as categorias.
Foi a primeira vez que a competição aconteceu no Brasil. Foram nove dias de jogos e a participação de cerca de 300 atletas, de 21 países, que puderam conhecer nossa terra e trocar ricas experiências culturais com a população.
A organização do torneio ficou a cargo do Comitê Internacional de Esportes para Surdos (ICSD), com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos para Surdos (CBDS) e Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Turismo.
Apesar da torcida pelos atletas brasileiros, o país não figurou entre os finalistas, mas o resultado não foi considerado um vexame. Segundo o atleta paraminense Gabriel Hovelaque, ganhar a medalha seria maravilhoso, mas o importante foi dar visibilidade ao badminton e promover a inclusão da população surda ao esporte.
Ele acredita que a semente foi plantada e tende a dar bons frutos. A entrevista de Gabriel foi traduzida por Cássia Rodrigues.
Gabriel Hovelaque, que já participou de outros mundiais, também fez uma avaliação sobre a estrutura de Pará de Minas para receber as delegações estrangeiras:
E o legado do badminton, comentado por Gabriel, já começa a ganhar forma em Pará de Minas. Em entrevista ao Jornal da Manhã, o presidente da Praça de Esportes do Pará, Cristiano Márcio dos Santos, anunciou a criação de um projeto social da modalidade.
O Mundial de Badminton também marcou a inauguração do Centro de Alto Rendimento Esportivo da Praça de Esportes. Cristiano recebeu muitos elogios pela estrutura da quadra e garantiu que a reforma vai continuar.
Cristiano Santos anunciou, ainda, a possibilidade de o clube sediar, ainda neste ano, uma competição internacional de futsal. As conversas com as entidades organizadoras estão acontecendo e podem ter um bom desfecho nas próximas semanas.
E ainda sobre o Mundial de Badminton, a Prefeitura de Pará de Minas estima que o evento tenha proporcionado um aporte financeiro em torno de R$ 1,5 milhão na economia da cidade, com hotéis, alimentação, entre outras compras realizadas pelos atletas estrangeiros.
Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
