A Prefeitura de Pará de Minas deu um basta na sujeira que vinha tomando conta da Praça do Santuário, no centro da cidade. Ontem à tarde, os secretários de Assistência Social, Flávio Medina, e Meio Ambiente, José Hermano Franco, fizeram uma reunião com os moradores de rua que estavam ocupando aquela área.
Eles explicaram a impossibilidade dos moradores de rua manterem na praça materiais recicláveis, além de objetos pessoais. Se houver desobediência, a polícia será chamada para a desocupação do espaço. Durante três semanas funcionários da Secretaria de Assistência Social e representantes do Setor de Vigilância Sanitária monitoraram a praça, para conhecer os hábitos dos moradores de rua.
Foi uma enxurrada de reclamações apresentadas por moradores e comerciantes da Praça da Matriz. Fotografias tiradas por várias pessoas mostravam a sujeira que se amontoava bem em frente ao Santuário Nossa Senhora da Piedade. Além de ocupar a área central da praça com caixas de papelão e outros recicláveis, os moradores de rua improvisaram um fogão na área, passando a fazer suas refeições no local com as cestas básicas doadas pela população.
E com o passar dos dias a situação ficou insustentável, provocando o ultimato de ontem à tarde. O secretário de Assistência Social deu prazo somente até hoje para que eles recolham seus pertences e deixem o local. A conversa teve momentos ásperos, em que os moradores de rua falaram do direito de ir e vir assegurado pela Constituição Federal, mas concordaram que a liberdade de locomoção não representa a imundície dos espaços públicos.
No final, os quatro ocupantes da praça assumiram o compromisso de deixar o local que passará a ser monitorado a partir de hoje:
Flávio Medina informou também que a Secretaria de Assistência Social está capacitando seus funcionários para lidar melhor com esse público que precisa ser bem tratado, mas não pode prejudicar a comunidade. As abordagens têm sido constantes e muitas delas têm flagrado situações abusivas:
A Assistência Social ofereceu ajuda ao grupo de moradores de rua que ocupou a Praça do Santuário, mas ninguém aceitou o atendimento do Centro Pop, especializado em atender esse público com banho, comida e roupa.