Repercute em todo o Brasil a proposta do governo federal de reajuste do salário mínimo para 2025. Conforme consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias encaminhado para o Congresso Nacional, o mínimo terá revisão de 6,39%, passando para R$ 1.502, ou seja, aumento de R$ 90 na comparação com o valor atual.
Segundo o governo, o reajuste segue a projeção de 3,25% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para os 12 meses terminados em novembro mais o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023.
O projeto também apresentou previsões de R$ 1.582 para o salário mínimo em 2026, de R$ 1.676 para 2027 e de R$ 1.772 para 2028. As projeções são preliminares e serão revistas nos próximos anos.
Em Pará de Minas, a proposta não foi bem vista pelos trabalhadores. O Jornal da Manhã ouviu opiniões populares a respeito do índice de revisão e a maioria das respostas começava com a palavra “vergonha”.
O que chamou atenção foi que as pessoas estão mais preocupadas com o aumento do custo de vida do que propriamente com o aumento de salário. Falaram conosco Euzébio Barcelos, Daniel Chaid, Edilene Aparecida Pires Silva e Ana Galvão:
Ao apresentar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o governo lembrou que, no ano passado, o salário mínimo voltou a ser corrigido pelo INPC do ano anterior mais o crescimento do PIB de dois anos antes. Essa fórmula vigorou de 2006 a 2019.
Ainda segundo as contas da União, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 370 milhões no Orçamento, já que os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são vinculados à variação.
O projeto das Diretrizes Orçamentárias está no Congresso, mas pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.
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