O envelhecimento da população de Pará de Minas, comprovado no Censo do IBGE, impõe uma série de desafios ao poder público, assim como para a iniciativa privada e a sociedade em geral, para que a terceira idade seja, de fato, a melhor de todas.
Segundo o levantamento, mais de 16% da população tem 60 anos ou mais e isso representa 15.595 pessoas. No Censo realizado em 2010, esse público era composto por menos de 9 mil pessoas, correspondendo a 10,6% do total de moradores.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de Pará de Minas, Aparecido Araújo, não se surpreendeu com o resultado do Censo:
O envelhecimento da população local evidencia a necessidade da criação e manutenção de políticas públicas voltadas para a terceira idade, seja no acesso aos serviços ou estimulando a autonomia e a socialização. O Conselho da Pessoa Idosa executa, atualmente, 24 projetos em diferentes entidades, como Abev, Cidade Ozanan e Fapam, ofertando atividades que promovem melhorias na saúde física e mental.
Ainda assim, Aparecido Araújo diz que os desafios são muitos, já que parte dos idosos continua enfrentando preconceitos e diferentes tipos de violência, inclusive no seio familiar.
Outro desafio é o mercado de trabalho, onde a discriminação contra os idosos ainda é forte e fecha as portas para pessoas que ainda têm plenas condições de oferecer bons serviços.
Segundo Flávia Lino, consultora de empresas e psicóloga organizacional, a maioria das empresas ainda é resistente à contratação de idosos. E como forma de diminuir esse preconceito, ela considera ideal que o poder público promova ações de conscientização para que as oportunidades sejam dadas.
Flávia citou características dos idosos que podem ser essenciais no desempenho das empresas.
Em Pará de Minas a maior parte dos idosos empregados está nos setores de comércio, serviços e educação. Flávia Lino ainda destaca a importância desse público passar por capacitação para lidar com as ferramentas digitais, que estão presentes em todas as empresas.
