A decisão dos estados de estender até o final de junho o congelamento do ICMS do gás de cozinha não deve baixar o preço do botijão de 13 quilos. Pelo menos em curto e médio prazo esse item essencial para milhões de brasileiros ficará acima dos R$ 100.
A avaliação é de lideranças do setor que se reuniram no 35º Congresso da Associação Íbero-Americana de Gás Liquefeito de Petróleo, no Rio de Janeiro. Diante da guerra da Ucrânia e da instabilidade do preço do petróleo no mercado internacional, especialistas acreditam que uma melhora no setor só ocorrerá a partir do ano que vem.
Em Pará de Minas, por exemplo, o botijão de 13 kg já é encontrado a mais de R$ 120. Daniele Nogueira Mateus, da Fino Gás, lamenta que os valores tenham chegado a esse patamar e defende o setor, alegando que o mercado também não está fácil para as empresas.
Mesmo sendo um produto considerado essencial, a procura pelo botijão de gás perdeu força com os aumentos recentes. O tradicional fogão de lenha aparece como alternativa de economia.
Essa redução na procura pelo gás de cozinha não é exclusividade de Pará de Minas e nem está acontecendo somente agora. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), as vendas desse tipo de gás no Brasil tiveram queda de 1,1% no ano passado em relação a 2020.
Além do congelamento do ICMS feito pelos estados, o governo federal está mantendo o Auxílio Gás, distribuindo bimestralmente um voucher de cerca de R$ 52 para mais de cinco milhões de famílias de baixa renda.
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