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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Remédios controlados: cresce o número de jovens e crianças fazendo uso

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Cansaço físico, ansiedade e depressão. Assim como no restante do país, em Pará de Minas cada vez mais pessoas com esses sintomas procuram as farmácias em busca de medicamentos contra insônia, também chamado de ansiolítico.

Este tipo de remédio atua no organismo do paciente diretamente nas áreas do cérebro responsáveis por controlar a ansiedade. Seu efeito provoca uma sensação de relaxamento, por isso, muitas vezes são taxados como tranquilizantes ou calmantes.

Mas o que tem chamado atenção do mercado é que, desde o início da pandemia de covid-19, no início de 2020, a procura por essa classe de medicamentos disparou, revelando um impacto significativo e preocupante do cenário na saúde mental da sociedade brasileira.

Destaque para o zolpidem, um dos líderes no ranking de vendas. Segundo dados da Anvisa, em 2017 foram comercializadas mais de 10,5 milhões de embalagens. Já no ano passado, a comercialização foi de quase 20 milhões de unidades.

Ainda de acordo com os números da agência, somente no 1º semestre deste ano, já foram vendidos mais medicamentos do que em todo o ano de 2017. A expectativa é de superar os números recordistas de 2020, quando a venda ultrapassou as 23 milhões de embalagens.

Em Pará de Minas, segundo apuração do Jornal da Manhã junto às farmácias, desde a chegada da covid, a procura também aumentou consideravelmente. Os estabelecimentos não apresentam números, mas revelam que os ansiolíticos, juntamente dos antidepressivos, são vendas garantidas quase que todos os dias.

Além do zolpidem, destacam-se ainda as vendas de clonazepam e alprazolam, que são remédios tarja preta e comercializados somente com a apresentação da receita médica. Já entre os medicamentos naturais, que não exigem a receita, a melatonina apresenta boa saída. 

Outra informação repassada ao Jornal da Manhã é que a faixa etária que mais consome esses medicamentos é de pessoas com mais de 40 anos, porém, tem chamado atenção o número de pais em busca dos remédios controlados para crianças e jovens. 

Psiquiatras e psicólogos encaram este momento com cautela. Comitês e associações do setor recomendam que o uso desses medicamentos seja pelo menor tempo possível, uma vez que o consumo prolongado pode causar efeitos colaterais, como dificuldade para se concentrar e amnésia temporária.

Existe, ainda, o receio quanto à automedicação. Segundo especialistas, o uso indiscriminado pode levar à dependência e crises de abstinência. Mesmo antes de tomar os remédios naturais, que não exigem receita, a orientação é se consultar com um especialista da área e identificar o que realmente está dificultando o sono. A partir do diagnóstico, o tratamento será mais eficaz.

Foto Ilustrativa: Reprodução/pixabay.com






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