Um dos maiores desafios dos órgãos de saúde, desde março de 2020 quando foi confirmada a pandemia da covid-19, foi conscientizar a população sobre a necessidade do distanciamento social, devido ao alto potencial de transmissibilidade do novo vírus.
É claro que muita gente, com seus compromissos profissionais e outros afazeres, têm mais dificuldades em manter o distanciamento. Mas o maior problema nem é esse. A grande dificuldade foi de manter quem está doente dentro de casa.
Recentemente o JM divulgou uma reportagem com o secretário municipal de Saúde, Wagner Magesty, em que ele confirmava a dificuldade das equipes de monitoramento em fazer o controle dos pacientes que estavam em acompanhamento domiciliar.
Mesmo com o exame positivo para a covid-19 e as orientações médicas para não sair de casas, muitos desobedeciam às recomendações, e eram flagradas na rua, como se nada estivesse acontecendo, e colocando em risco inúmeras pessoas, conhecidas e desconhecidas.
Diante disso a secretaria reforçou o monitoramento, mas ainda está longe de conseguir controlar a situação. Quem percebe esta dificuldade é o farmacêutico Jader Leitão, proprietário da Farmácia Cruzeiro. Segundo ele, tem sido muito comum a frequência de pessoas positivas para covid em seus estabelecimentos:
Segundo Jader, no patamar em que estamos não há mais tempo a esperar, já que a população segue se contaminando em longa escala.
No último boletim do coronavírus, publicado pela Secretaria de Saúde, no dia 30 de dezembro, Pará de Minas contava com 70 pacientes positivos para covid-19 em acompanhamento domiciliar. Isso quer dizer que naquela quarta-feira, mais de 70 pessoas eram potenciais transmissoras do coronavírus na cidade, sem contar aqueles assintomáticos, que não chegaram a se submeter ao exame, mas que também podem estar passando a doença adiante. A orientação das autoridades é que toda a população mantenha o distanciamento social, o uso de máscaras e a higienização das mãos com álcool em gel.
E para os pacientes com covid, que eles tenham consciência e responsabilidade, e fiquem em casa, observando a orientação médica. Também é importante lembrar que O Código Penal possui pelo menos 4 artigos que punem atitudes relacionadas ao desrespeito à determinação de isolamento, medida aplicada a pacientes diagnosticados com coronavírus. Um deles é o número 131 que determina: “Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio” Para este tipo penal é prevista pena de reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Fotos Ilustrativa: pixabay.com e Arquivo/Rádio Santa Cruz FM
