Violência física, violência sexual, feminicídio ou tentativa de feminicídio. Certamente, você ouviu alguns desses termos, nos últimos meses, em nosso noticiário policial, relativo a ocorrências envolvendo violência contra mulheres.
Nesta semana mesmo um dos destaques foi o caso da mulher de 43 anos que teve 27% do corpo queimado pelo companheiro, de 31 anos. Ele jogou álcool e ateou fogo nela depois de uma discussão do casal, em Betim. A vítima teve o rosto, cabelo e parte do tronco queimados e está hospitalizada.
Para evitar situações como esta e milhares de outra é que, desde março, a Fapam, através do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) e do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA), realiza o projeto Por Elas, com o intuito de promover ações de prevenção e combate à violência contra o público feminino.
O projeto oferece assistência psicológica e suporte jurídico gratuito às vítimas de algum tipo de abuso, facilitando o acesso delas ao judiciário, segurança pública e órgãos de saúde.
Uma das idealizadoras da ação é Andréa Moreira, coordenadora do Serviço de Psicologia Aplicada da Fapam. Segundo ela, o propósito de atender as mulheres partiu de uma demanda social e da necessidade de proporcionar um local em que elas se sintam mais confortáveis para falar do assunto.
Para a psicóloga, entre os principais desafios do projeto “Por Elas” está a conscientização da importância de denunciar e procurar ajuda para acabar com um mal que pode trazer consequências sérias e duradouras.
Além da assistência psicológica, o projeto também presta apoio jurídico, parte que é de responsabilidade do NPJ. O coordenador do núcleo e também do curso de Direito da Fapam, Francisco Vilas Boas, ressalta qual é o atendimento feito para as vítimas.
Os seis tipos de violência contra a mulher são: física, psicológica, sexual, patrimonial, moral e política. Em Pará de Minas, segundo dados da Polícia Civil de Minas Gerais, já foram registrados até agosto, 316 casos de violência contra a mulher. No ano passado, foram 492, uma média de mais de um por dia.
Para conhecer mais sobre o projeto, o cidadão pode entrar em contato pelos telefones 3237 2061 ou 3237 2050, ou ainda pelo WHatsApp, no 37/ 99669 6002. E para quem quiser fazer uma denúncia, basta ligar no Disk Denúncia, no 180, sem necessidade de identificação.
Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM
