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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

A tragédia de Brumadinho completa um ano de tanta dor que tem gente que perdeu a vontade de viver

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25 de janeiro - uma data que ficará marcada para sempre no calendário nacional como um dos dias mais tristes da história do país. 

Há exatamente um ano a barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, se rompeu e provocou a pior tragédia ambiental, industrial e humanitária já vista no Brasil. Em poucos minutos, a lama devastou fauna, flora, rios e um parque industrial da mineradora Vale deixando centenas de pessoas mortas, além de afetar diversas cidades da bacia do Rio Paraopeba.

Um fato extremamente assustador que, de acordo com o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil, foi causado pela irresponsabilidade humana. Após meses de investigação, as empresas Vale e TÜV SÜD, além de 16 executivos foram indiciados por homicídio duplamente qualificado e crimes ambientais. Na apuração dos órgãos de segurança pública, as empresas esconderam da sociedade a situação de risco da barragem.

Doze meses depois da tragédia, os municípios atingidos e seus habitantes ainda sentem os efeitos da omissão, alguns com mais intensidade, outros com menos. Pará de Minas entrou na lista das regiões afetadas por causa da interrupção do abastecimento que era feito através da captação no Rio Paraopeba.

Com a poluição do afluente, o município teve que buscar soluções para não reviver o drama de rodízio no fornecimento de água. Depois de muitas negociações, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi firmado com o Ministério Público e Vale para evitar o desabastecimento. 
Ao fazer um balanço sobre os trabalhos, o prefeito Elias Diniz avaliou que a ação foi rápida, com posicionamento firme do poder público e da sociedade civil para que a mineradora reparasse os danos.

A expectativa agora é pela conclusão da adutora que irá captar água no Rio Pará. Pelo acordo firmado com o Ministério Público, a Vale se comprometeu a entregar a obra até o mês de julho.

Pelo que podemos perceber, Pará de Minas conseguiu amenizar os prejuízos do rompimento da barragem, mas o mesmo não se pode dizer de Brumadinho, ponto principal da tragédia. 
A cidade, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, não será mais a mesma. Não só pelo lado econômico e turístico, mas também pelo aspecto psicológico de seus moradores. 

Conforme diagnóstico da Secretaria de Saúde daquela cidade, nesses 12 meses houve elevado crescimento de suicídios, tentativas de autoextermínio, aumento do consumo de antidepressivos e ansiolíticos e afastamento entre profissionais de saúde. 
O que a população espera agora é que as autoridades fiscalizem com mais rigidez as mineradoras que possuem barragens, como a da mina Córrego do Feijão, e proteja o povo de erros que podem custar vidas.

Fotos: Internet





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