A quarta-feira foi marcada por uma manifestação de trabalhadores da Santanense em Pará de Minas. Com cartazes e cantos pedindo resposta, cerca de trinta pessoas protestaram em frente ao parque fabril, na avenida Alano Melgaço.
Os funcionários reivindicam esclarecimentos da empresa sobre o atraso de dois meses do ticket alimentação, dos constantes atrasos nos salários, da ausência de depósito do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e dos cortes do plano de saúde e do leite - esse último está suspenso desde agosto do ano passado, segundo os reclamantes.
Eles também querem a previsão de quando irão retornar às atividades, já que a produção na unidade de Pará de Minas está parada há mais de um mês. A reportagem do Jornal da Manhã acompanhou a manifestação e conversou com alguns trabalhadores. Milene Mesquita, Graziele Teixeira e Nivan Henrique relataram o drama que a classe está vivendo.
Nossa reportagem não conseguiu localizar representantes da Santanense na unidade local. O JM também tentou contato, via canal de comunicação disponibilizado no site da Santanense, mas, até o fechamento desta reportagem, não tivemos nenhum retorno.
Nós ainda procuramos o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Têxtil de Pará de Minas, mas o presidente Neuler Ribeiro disse que não iria se pronunciar, pois não foi informado por nenhum trabalhador sobre o protesto. No entanto, ele admitiu as dificuldades relatadas pelos funcionários.
O sindicalista ainda revelou que enfrenta o mesmo problema da classe para falar com os responsáveis pela Santanense em Pará de Minas e que não tem informações sobre o pagamento dos benefícios atrasados e volta das atividades.
Por fim, ao ser questionado por nossa reportagem sobre o futuro da empresa, ele admitiu preocupação e incertezas sobre sua continuidade. A Santanense mantém 300 empregos em Pará de Minas. Já em relação às unidades de Itaúna, Pedro Leopoldo e Belo Horizonte, o sindicato não soube informar a quantidade e a situação atual.
Fotos- Rádio Santa Cruz FM/Amilton Maciel
