O lançamento do Plano Safra para a temporada 2023/2024 deixou muitos produtores satisfeitos com as novidades em relação ao volume de recursos disponibilizados para custeio e investimentos no campo, assim como as taxas de juros, que sofreram quedas significativas.
Conforme o JM antecipou, a expectativa do Banco do Brasil, que é umas das instituições financeiras credenciadas para a liberação do crédito rural, é de liberar só em Pará de Minas, mais de R$15 milhões por mês.
Mas apesar dos avanços, algumas entidades representativas não ficaram satisfeitas com o percentual de juros que será cobrado dos produtores de agricultura familiar.
O índice caiu de 5% para 4% ao ano, mas a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) afirma que a redução deveria ter sido de 2%. Essa inclusive foi a reivindicação da entidade para a aplicação em investimentos na produção de arroz, feijão, mandioca, leite e ovos, entre outros.
O Jornal da Manhã conversou com o extensionista da Emater de Pará de Minas a respeito. Fábio Alves de Morais informou que o índice aplicado nesta edição do Plano Safra pode ser considerado bastante satisfatório e uma vitória para o setor, diante da atual situação econômica do país.
Segundo Fábio, as taxas muito baixas poderiam representar riscos de desvio da finalidade do recurso que é oferecido exclusivamente para o homem do campo.
Os produtores rurais também entendem a situação, caso de José Duarte. Na opinião dele, um índice abaixo dos 4% ao ano poderia comprometer a manutenção das instituições financeiras que administram o recurso.
Agora uma reivindicação unânime, tanto das entidades representativas como dos próprios produtores, é sobre a liberação de um volume maior de recursos destinados ao setor de assistência técnica.
Eles acreditam que sem maiores investimentos na área, fica mais difícil oferecer apoio e orientação ao agricultor familiar. Para este Plano Safra, o governo federal destinou R$200 milhões para assistência técnica e extensão rural.
Fotos: Ronni Anderson - Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa Reprodução Banco do Brasil/Divulgação