Hoje é o Dia Mundial de Combate à Raiva Animal. A data visa conscientizar e alertar a população, especialmente os produtores rurais, sobre a importância da vacinação dos animais contra a doença.
Causada por um vírus que afeta o sistema nervoso central dos mamíferos, incluindo não apenas animais de grande porte, mas também cães, gatos e outros, a raiva é uma doença zoonose e com potencial para matar.
Neste ano, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) lembra a data com o fortalecimento da divulgação sobre a necessidade de proteção dos rebanhos através da vacinação, que é o único método de prevenção.
A imunização é obrigatória em Minas, conforme a Lei 10.021 de 1989, porém, o número de animais vacinados não chega a 25% do rebanho total do estado. Segundo o IMA, no primeiro semestre deste ano, mais de 4 milhões de bovinos receberam a vacina num contingente de aproximadamente 25 milhões de animais.
Daniela Lamas, responsável técnica do Programa de Controle de Raiva de Herbívoros do IMA, chama atenção para os benefícios da proteção do rebanho.
O IMA pede que os produtores façam a Declaração de Vacinação contra a Raiva junto com a Atualização de Rebanhos, procedimento que deve ser realizado anualmente, seja pelo site ima.mg.gov.br ou nas unidades do instituto. Em Pará de Minas, ela funciona dentro do Parque de Exposições.
Através da declaração, são repassadas informações como o número de animais vacinados, datas de vacinação, dados de identificação do rebanho e outros detalhes necessários.
Em 2023, até o final do mês de agosto, Minas Gerais registrou uma morte humana pela transmissão da raiva. Trata-se de um produtor rural, de 60 anos, da cidade de Mantena, no Leste de Minas, que morreu após ser mordido por um bezerro que apresentava dificuldades de engolir.
No ano passado, foram três óbitos, todos de crianças, na cidade de Bertópolis, no Vale do Mucuri. O IMA orienta que, em caso de qualquer contato com um animal infectado, é de extrema importância buscar atendimento médico imediato, uma vez que o tratamento precoce com o soro antirrábico pode ser vital para a sobrevivência.
Foto: Reprodução IMA/Divulgação
