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Gravidez não planejada na adolescência atinge índices muito elevados

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Considerada um fator de risco para a saúde da mulher e do bebê, a gravidez não planejada é uma realidade enfrentada por milhares de famílias no Brasil. 

Independentemente da idade da mulher, a falta do planejamento reprodutivo acarreta uma série de mudanças cruciais na vida dela, tanto no corpo quanto na mente, podendo levar a situações mais graves de saúde.

O alerta é da médica ginecologista e obstetra, Laíssa Nascimento Bernardes, que trabalha na rede pública de saúde. Segundo ela, 55% das gestações no país não são planejadas, o que representa 1,47 milhão de gravidez por ano. 

O cenário é ainda mais grave quando envolve adolescentes. Dra. Laíssa informou que, de 60% a 83% das primeiras gestações desse público acontecem sem qualquer organização ou planejamento. 

Além dessas consequências citadas, Dra. Laíssa Bernardes chama atenção para o alto índice de mortalidade materna, que é quando as mães morrem durante o pré-natal, no parto ou até 40 dias após o parto. 
A ginecologista e obstetra revelou números assustadores que escancaram um problema grave na saúde pública.

Ainda de acordo com a especialista, a gestação não planejada ocorre pela ausência de métodos contraceptivos. Seja por falta de condição financeira ou de informação, muitos casais não utilizam uma das diferentes opções disponíveis durante as relações sexuais.

Há, também, os casos em que os métodos falham e acabam resultando na gravidez. Dra. Laíssa explicou que nenhum deles é 100% seguro, mas existem os que apresentam índices menores de falhas.

A fala da Dra. Laíssa Bernardes acontece em um momento que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) analisa um projeto de lei que prevê a implantação do Programa de Prevenção à Gravidez na Adolescência e de Incentivo ao Planejamento Reprodutivo em unidades de saúde que prestem serviços no âmbito do SUS.

A proposição estabelece, entre outros pontos, que a rede pública seja obrigada a informar às mulheres acerca dos métodos de prevenção à gravidez e indicar todos os métodos de contracepção disponíveis. Também prevê a disponibilização gratuita do implante anticoncepcional subdérmico, DIU, pílulas anticoncepcionais e preservativos masculinos e femininos.

Fotos: Luiz Santana/ALMG




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