Desde a invasão de manifestantes radicais nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, há dez dias, que muitas perguntas têm sido feitas pela população brasileira. Passado o susto e o terror, questões econômicas ganharam destaque.
Uma delas é se haveria fuga imediata de capital. A outra é se o Brasil deixaria de ser um país confiável a ponto de criar um clima de instabilidade política e, por causa disso, afugentar investidores.
Como estas inquietações também vêm sendo demonstradas na cidade, o Jornal da Manhã conversou com um especialista em Negócios Internacionais. Trata-se do professor de Geopolítica da Universidade Positivo, João Alfredo Lopes Nyegray.
Na visão dele, a economia não foi e nem será abalada pelo episódio de 8 de janeiro, devido à resposta rápida do governo federal e do Supremo Tribunal Federal ao vandalismo.
Segundo o professor João Alfredo, isso fez com que os investidores olhassem para o Brasil como um país que não aceita devaneios democráticos. Por outro lado, ele afirmou que as manifestações pós-eleições já davam indícios de que em algum momento poderia ocorrer algum extremismo.
E esses atos extremistas retratam o que vem acontecendo no mundo todo:
Ainda segundo o professor João Alfredo, o que o governo brasileiro agora precisa estar permanentemente preparado é para evitar que o fato se repita. E ele chama atenção para a velocidade com que as fake news têm se espalhado no país:
O professor João Alfredo terminou a entrevista afirmando que o Brasil consolidou sua imagem, perante o mundo, de que tem uma democracia confiável.