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Documentos falsificados para o INSS, vendidos a partir de R$200,00, tiram do cargo o gerente da Vigilância Ambiental

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A Prefeitura de Pará de Minas confirmou a exoneração do gerente da Vigilância Ambiental, Adaílton Antônio Moreira. Ele foi desligado da Secretaria de Saúde por estar envolvido em um caso de estelionato. Há inclusive um mandado de prisão contra Adaílton, que está desaparecido há duas semanas. O paradeiro dele é ignorado e o telefone está permanentemente desligado.

Junto com outras duas pessoas – Pedro Domingos Miranda e Raimundo Ferreira de Souza – ele responde por fraude de auxílio doença e atestados médicos, com timbre da Prefeitura de Contagem, perante a Previdência Social. Segundo o processo, cuja cópia está em poder do Jornal da Manhã, o inquérito policial foi aberto em 2010 para apurar o uso de documentos falsos fornecidos por Adaílton aos outros dois.

Tanto Pedro como Raimundo foram presos em flagrante, ao serem convocados a se apresentar numa agência do INSS com os prontuários. O Serviço de Inteligência do INSS examinou os documentos médicos e encontrou várias divergências no preenchimento.

No depoimento Pedro Miranda declarou que, em conversa com um amigo, ficou sabendo que um indivíduo de nome Adaílton poderia facilitar seu afastamento do trabalho, com a obtenção do auxílio doença. Os dois foram apresentados e Adaílton cobrou R$200,00 pelo serviço.

Já Raimundo Souza disse ter conhecido Adaílton em Pará de Minas e ele teria informado que conhecia um médico que poderia receitar medicação adequada e fornecer os documentos necessários ao seu afastamento perante o INSS. Ele pagou R$500,00 pelo fornecimento dos documentos.

Ao ser ouvido pela autoridade policial, Adaílton negou os fatos, dizendo que não conhecia Pedro nem Raimundo. Por sua vez o médico, cujo nome aparece nos laudos, disse que jamais trabalhou na Prefeitura de Contagem. Observou os erros ortográficos dos documentos e disse que a letra no formulário da Secretaria de Saúde de Contagem não era dele.

Na acareação os envolvidos reconheceram Adaílton como o responsável pelos procedimentos. 
Um deles chegou até a dizer que ficou surpreso com o fornecimento do laudo antes de qualquer consulta psiquiátrica. Os benefícios não chegaram a ser pagos pelo INSS. Em juízo, Adailton fez uso do direito constitucional do silêncio.

Pedro e Raimundo foram presos e pagaram fiança, podendo recorrer em liberdade. Já Adaílton está foragido. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal. 
O caso está repercutindo muito em Pará de Minas. O secretário de Saúde, Wagner Magesty, disse que ficou surpreso já que Adaílton sempre foi um funcionário exemplar. 

Mas justificou a exoneração, afirmando que o município não pode ser conivente com uma situação dessas. O secretário disse ainda que caso o servidor consiga provar sua inocência, ele poderá reassumir o cargo.







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