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Polícia Civil de Pará de Minas revela mais informações de como foi a prisão dos 4 envolvidos no assassinato do médico Gabriel Rossi

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A Polícia Civil de Pará de Minas está aguardando o compartilhamento de informações sobre os depoimentos dos suspeitos de torturar e matar o médico Gabriel Paschoal Rossi, na cidade de Dourado, no Mato Grosso do Sul. Conforme o Jornal da Manhã noticiou, o corpo dele foi encontrado no dia 3 de agosto, mas o crime aconteceu em 26 de julho.

Gabriel foi atraído para uma emboscada depois de cobrar R$500 mil de uma dívida da quadrilha de estelionatários à qual ele tinha envolvimento. 
Como o crime aconteceu em Dourados, as investigações prosseguem naquela cidade. O delegado Carlos Henrique Gomes Bueno, da Regional de Segurança Pública de Pará de Minas, não sabe dizer quando é que as cópias dos depoimentos serão repassadas para cá.

Mas a pedido do Jornal da Manhã ele liberou informações sobre as diligências realizadas aqui para a captura dos suspeitos que, inclusive, já prestaram depoimentos confirmando a autoria do assassinato. Cada um deles receberia R$50 mil da mandante do crime, Bruna Nathalia de Paiva, mas ela só pagou R$20 mil. 

Segundo o delegado Carlos Henrique, o primeiro contato feito pela Polícia Civil de Dourados aconteceu no dia 3 de agosto. As investigações apontavam que os envolvidos no crime moravam aqui, mas a polícia só tinha os primeiros nomes. Desse telefonema até a prisão dos envolvidos se passaram quatro dias. As investigações foram assumidas pelo Serviço de Inteligência daqui, que contou com a participação de 12 policiais, entre delegados, escrivães e investigadores.

Bruna foi a primeira a ser identificada e, até então, tinha ficha limpa. Dois dos contratados para o assassinato já tinham passagens pela polícia – Keven Rangel Barbosa se envolveu em um crime de trânsito e Gustavo Kenedi Teixeira, com o tráfico de drogas. Já Guilherme Augusto Santana não tinha passagens.

Os quatro nasceram em Pará de Minas e estavam morando nos bairro JK e Padre Libério. As equipes de Dourados chegaram na região no domingo (6), mas para não chamar atenção ficaram hospedadas em hotéis diferentes. Já na segunda-feira, às cinco da manhã, todos os policiais se reuniram nos fundos da Delegacia de Pará de Minas rapidamente, para as últimas estratégias de logística da operação. As equipes de busca e apreensão foram montadas com policiais locais e de Dourados. Oito viaturas deram cobertura à ação.

Bruna foi a primeira a ser presa. Estava em casa, dormindo, e não resistiu. No quarto policiais encontraram a mala que ela levou na viagem, cujas imagens foram registradas pelas câmeras de segurança do aeroporto, além de duas máquinas de choque e muitos cartões de crédito. As outras equipes também encontraram os demais envolvidos dormindo e no quarto de um deles foi encontrada a camisa do Atlético, usada no aeroporto, horas depois do crime.

Não houve violência nas prisões e uma hora depois eles já estavam na Delegacia de Polícia, de onde foram transferidos para Dourados, onde o inquérito está em andamento. Bruna encomendou a morte do médico, segundo os depoimentos, para se livrar da dívida de meio milhão de reais. De acordo com a polícia, Gabriel fazia parte do esquema de estelionato desde a faculdade, mas não cometeu nenhum ato fraudulento na atividade de medicina.

A participação dele era de ponta, ou seja, ele atuava na fraude de cartões e de benefícios de pessoas mortas. 
Para isso, pegava documentos de terceiros, usava sua foto e ia até o banco fazer saques e depois repassava para a quadrilha. A polícia acredita que o lucro do médico nos esquemas não devia ser alto, porque ele não tinha nenhum patrimônio que indicasse isso.

Gabriel teria sido torturado e enforcado com fios, além de ter tido um objeto perfurante introduzido na garganta. Uma meia foi colocada na boca dele, para evitar que gritasse. Ele foi encontrado sete dias depois do desaparecimento, mas os sinais de morte não eram de todo esse tempo, indicando que ele agonizou por 48 horas ou mais.

Nos dias seguintes, Bruna passou a controlar o celular e as contas dele, inventando histórias para enganar amigos e familiares. Ela criou vários contextos para que os amigos não fossem na polícia. Os quatro continuam presos na Delegacia de Dourados, mas devem ser transferidos para o presídio de lá ainda nesta semana. O Serviço de Investigações Gerais de Dourados segue investigando o homicídio e após a conclusão do inquérito deve começar a identificar as vítimas de estelionato.

Foto: Osvaldo Duarte/Dourados News






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