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PARÁ DE MINAS EM DESTAQUE

Aumento de preços dos peixes estica ainda mais a corda do orçamento familiar

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A chegada da quaresma sempre aumenta o consumo de peixes mas, neste ano, os consumidores vão enfrentar mais desafios para manter a proteína no prato. É que os pescados não conseguiram escapar da inflação e não param de subir de preço. Outros fenômenos explicam a alta. O peixe tem um preço sazonal, quanto mais próximo do carnaval e da quaresma, maior a tendência de alta. Além disso, quando as pessoas deixam de consumir um produto, elas optam por outro.

O aumento do peixe já chegou a Pará de Minas. Na quaresma de 2021, por exemplo, o pacote de filé de tilápia (500g) era vendido a R$13,90. Hoje, bate na casa dos R$20,00 e com isso praticamente empata com a carne bovina. Também sofreu reajuste além da inflação a sardinha, que teve seu preço aumentado em 14,5% nos últimos 12 meses. Logo atrás vem o cação, que está custando 16% mais. A pescada teve crescimento ainda maior, na casa dos 21%. 

Os custos da produção de peixes são os vilões do setor, com destaque para o milho e o farelo de soja, que são commodities e subiram demais. Empresas especializadas na região de Morada Nova, onde se desenvolve boa parte da piscicultura mineira, explicam que para produzir um quilo de peixe há um gasto equivalente a 1,6 kg de ração e a mais barata está custando R$3,30 o quilo.

Além disso, o produtor precisa comprar os alevinos, que são peixes recém-nascidos, sem falar na mão de obra e no tempo para o peixe ficar pronto. Outro aspecto que chama atenção é a preferência do consumidor pelo filé de tilápia, pois já vem sem espinha. Neste caso, o custo fica ainda mais elevado para o produtor porque fazer o filé exige seis quilos de peixe, além do custo da mão de obra e dos impostos.

Resultado: comer peixe está ficando quase inviável. 
Talvez isso justifique o baixo consumo da carne. De acordo com o IBGE, o brasileiro consome 9,5 kg por ano e esta é uma média muito pequena. Em boa parte dos outros países, o consumo médio é superior a 20 quilos ao ano. E para finalizar, uma informação dirigida ao seleto grupo que tem condições de comprar peixes nobres, como o salmão. O aumento sobre essa proteína passa de 27%, pois acompanha o dólar. No varejo, o quilo do filé de salmão está custando R$99,90.

Foto Ilustrativa: pixabay.com e Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM





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