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Comerciante anuncia doação de pasteis em troca de moedas

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O processo de digitalização do dinheiro impactou no comportamento do consumidor brasileiro e forçou os comerciantes a se adequarem à nova realidade. Em menos de três anos, o dinheiro em espécie, até então a principal forma de pagamento no país, perdeu espaço para outros meios de transações, gerando consequências no dia a dia em alguns segmentos.

Levantamento recente do Banco Central deixou claro como o consumidor está aderindo a outras formas de pagamento e usando menos o dinheiro de papel.  Segundo o estudo, em 2019, os saques de dinheiro em caixas eletrônicos e nas agências somaram R$ 3 trilhões. No final do ano passado, esse número caiu para R$ 2,1 trilhões. 

Em contrapartida, o uso do Pix, modelo criado em novembro de 2020, saltou de R$ 180 milhões no primeiro ano para mais de R$ 24 bilhões em 2022. O desuso do dinheiro em espécie é observado até mesmo nos estabelecimentos que vendem produtos por valores baixos, caso dos sacolões, lanchonetes e padarias, onde, tradicionalmente, as notas e moedas têm mais circulação.

Segundo apurou o Jornal da Manhã junto a empresários desses setores, mesmo quando a conta dá menos de R$ 5, muitos clientes optam pelo pagamento via Pix ou cartão. E chamou atenção de nossa reportagem o depoimento de um comerciante, que preferiu não ter o nome divulgado, informando que um cliente queria pagar uma conta de R$ 1,50 no cartão de crédito. 

Segundo Mateus Igor, sócio-proprietário de uma lanchonete, e Marcelo Gomes da Silva, proprietário de um sacolão, a opção por outros meios de pagamento não é um problema. A questão é que eles enfrentam a escassez de moedas que ficou ainda pior a partir das novas tecnologias. 

Mateus Igor disse que a falta das moedas foi tão intensa, há alguns meses, que a lanchonete fez uma promoção temporária e doou pasteis para quem trocasse R$ 50 em moedas de R$ 1 e R$ 0,50. 
Segundo especialistas, um dos fomentos para o uso do Pix e dos cartões foi a pandemia de covid-19, especialmente o e-commerce, que também ganhou força no período, uma vez que muitas lojas físicas ficaram fechadas em cumprimento às regras sanitárias.

Fotos: Germano Santos/Rádio Santa Cruz FM




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