Depois de quase três meses fechados, os bares de Pará de Minas reabriram as portas na sexta-feira e funcionaram até ontem.
Denúncias populares e o monitoramento do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus mostraram que grande parte dos estabelecimentos atendeu todas as normas de segurança exigidas para a flexibilização.
Mas na periferia e em várias comunidades rurais a situação foi crítica. Houve registro de aglomerações e funcionamento o dia todo, quando o decreto estabelece atendimento ao público somente das 17h30 às 23h30.
Além do excesso de gente, as denúncias também acusaram o descaso de muitos frequentadores em relação ao uso de máscaras e de álcool gel. O secretário Wagner Magesty recebeu as informações com muita preocupação. Ele até chegou a ficar nervoso:
Pelo decreto publicado na última semana, até o fim da pandemia os bares de Pará de Minas, incluindo povoados e distritos, poderão funcionar apenas de sexta a domingo e, como já dissemos, das 17h30 até as 23h30.
O público poderá ocupar apenas 40% da capacidade do espaço do ambiente. É obrigatório o distanciamento de 2 metros entre as mesas, demarcação do piso, luvas e máscaras para os funcionários e rigor nas medidas de higienização.
A preocupação do secretário Wagner Magesty é que Pará de Minas registre uma situação tão grave como a que está acontecendo em Divinópolis, onde houve aumento considerável do número de mortes.
Até poucos dias, Divinópolis contabilizava três mortes por covid-19. Agora, na atualização do Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde, o município aparece com dez.O número de notificações também explodiu – já são 2.467 suspeitas do vírus.
Desse total, 247 foram confirmados, 214 descartados e 177 pacientes estão recuperados. Coincidência ou não, o aumento expressivo de mortes em tão pouco tempo aconteceu justamente após o município autorizar a reabertura de shoppings, suspender o escalonamento do comércio e permitir o funcionamento de restaurantes.
A Prefeitura de Divinópolis tem tomado medidas preventivas para tentar reduzir a contaminação do vírus, inclusive aplicando testes rápidos entre trabalhadores do setor de transporte rodoviário de cargas e passageiros. Se a situação ficar mais complicada, a flexibilização vai retroagir.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
