A informação de que um dos detentos da Penitenciária Pio Canedo teria falecido por complicações respiratórias em decorrência da covid-19 está repercutindo nas redes sociais e levantando questionamentos a respeito da situação do presídio de Pará de Minas. Os boatos se intensificaram no Instagram e se espalharam também nos grupos de WhatsApp, mas a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública descartou a informação.
A Secretaria de Saúde de Pará de Minas também negou. A pasta estadual revelou que, até o momento, não foi registrado nenhum óbito provocado pela doença no ambiente prisional de Minas. A estatística atual é de 22 detentos infectados pelo vírus. O boato sobre o falecimento do preso em Pará de Minas surgiu num momento de muita preocupação nas penitenciárias mineiras, tendo em vista o que está acontecendo em Pompéu, município localizado há 128 km daqui.
Por lá, até o momento, seis detentos testaram positivo para o coronavírus, além de um agente penitenciário. De acordo com a Secretaria de Saúde de Pompéu, o surto se deu após o contato dos presos com dois homens que foram transferidos do presídio de Bom Despacho e foram diagnosticados com o vírus.
O número de testes positivos pode ser ainda maior, pois cerca de 80 detentos ainda não foram submetidos aos exames. Por causa desses registros, a Secretaria de Segurança Pública de Minas Gerais determinou que todos os internos que apresentem algum sintoma do vírus sejam isolados imediatamente. Nas unidades onde há confirmação de casos, as celas são desinfetadas e os demais detentos passam a usar máscaras de proteção.
Para evitar que os 70 mil presos de Minas sejam contaminados, o governo adotou uma série de medidas na tentativa de conter a doença, entre elas a suspensão de visitas. Desde o início da pandemia os presos só podem conversar com parentes por cartas, ligações telefônicas e chamadas de vídeo, no caso das unidades onde o equipamento esteja disponível.
Outra medida de segurança foi tomada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, determinando que os presos no regime semiaberto, que fazem parte do grupo de risco, sejam transferidos para o sistema domiciliar. Recentemente, o Superior Tribunal de Justiça definiu que o benefício fosse estendido aos detentos que estiverem trabalhando, independente de terem problemas de saúde.
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