A decisão da Turi em aceitar a exigência da Prefeitura de Pará de Minas, para renovação do contrato de prestação de serviços no município, repercutiu na Câmara Municipal ontem à noite. O assunto foi comentado por vários vereadores que não se mostraram surpresos com a informação, tendo em vista que a concessionária poderá recuperar os prejuízos ao longo dos 15 anos de duração do contrato.
A prefeitura exigiu da Turi que mantenha o valor da passagem em R$3,20 até 31 de dezembro. A concessionária concordou, mas avisou que em função disso terá que adiar investimentos previstos para este ano. O anúncio oficial só vai sair dentro de alguns dias, mas as reações políticas já começaram a ser manifestadas.
Alguns vereadores se mostraram simpáticos à medida, avaliando que a Turi compreendeu que o momento não é de reajustes, diante do caos econômico, social e de saúde que toma conta do país. Outros, no entanto, manifestam preocupação já que a concessionária reduziu parte das linhas e essa situação não pode durar muito tempo mais, porque está prejudicando os passageiros.
Já o representante da Câmara no Conselho Municipal de Trânsito, Marcus Vinícius de Faria, o Marcão, lembrou que a decisão da Turi em aceitar o congelamento da tarifa só vai beneficiar os passageiros nesse resto de ano.
Marcão disse, no entanto, que o grande desafio da concessionária não é aguentar os custos até dezembro. A empresa terá de cumprir normas rigorosas do novo contrato:
E sobre a fiscalização, o vereador Marcão disse que a prefeitura não pode afrouxar as regras, porque isso implicaria em mais prejuízos para os passageiros:
A direção da Turi ainda não se manifestou publicamente sobre as obrigações do novo contrato, nem sobre o congelamento das passagens pelo prazo de mais sete meses.
