Da rua mesmo dá para perceber o fraco movimento nas papelarias de Pará de Minas, nem é preciso entrar nas lojas. É um fenômeno nunca visto, já que os pais sempre aproveitavam as férias de janeiro para investir na compra do material escolar.
Mas agora que o ano letivo continua, que as férias foram adiadas para fevereiro e que o novo ano letivo só vai começar em março, ninguém tem pressa para comprar nada. E não se trata de comodidade já que, na maioria dos casos, falta mesmo é dinheiro no bolso dos pais. A expectativa dos lojistas ficou para fevereiro, mas eles já sabem que terão um cenário diferente dos anos anteriores.
Ninguém projeta crescimento vultoso nas vendas, mesmo levando em consideração que o início do ano letivo costuma ser o Natal do setor de papelaria. Com o orçamento esticado, muitas vezes sem dinheiro até para as despesas básicas de alimentação, o que não faltam são famílias pensando em uma maneira de reaproveitar o material de 2020.
Como os filhos estão estudando em casa, usam menos material e até com mais cuidado, daí é possível esticar a vida útil.A grande maioria dos pais também já decidiu que não vai levar em consideração a preferência dos filhos pelos itens que costumam acompanhar as tendências de mercado. A procura será por itens mais baratos, que consigam atender as necessidades.
Já sabendo disso, os donos de papelaria estão com os pés no chão e nem chegaram a fazer aquelas contratações temporárias de funcionários pois o movimento está fraco. Eles também não apostaram tanto nos estoques, inseguros com as incertezas do mercado e da pandemia. O vai e vem de medidas preventivas e administrativas, além da falta de dinheiro do trabalhador, tem complicado tudo.
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