O isolamento social e o medo do contágio pelo novo coronavírus provocaram uma reação inesperada em muitos pais de crianças. Muitos deles preferiram descumprir o calendário de vacina a arriscar a saúde dos filhos nas filas dos postos de saúde. E o resultado é que nunca houve no país um índice tão baixo de vacinação das crianças contra a meningite meningocócica como agora, durante a pandemia.
O levantamento mostra que 63% das famílias apontaram as medidas restritivas como principal motivo. Foi alegado ainda que na data prevista da vacinação os pais não puderam levar os filhos até um posto de saúde porque estariam cuidando de familiares infectados ou até de si mesmos.
A situação se repete em Pará de Minas, segundo informação da Secretaria Municipal de Saúde. A pasta não divulgou números, mas confirmou o atraso na vacinação de muitas crianças. O Setor de Imunização pede aos pais que voltem a levar os filhos para vacinar, porque a meningite é uma doença grave, sendo causada por diferentes agentes infecciosos.
No Brasil, o imunizante tipo B está disponível apenas na rede particular. Mas na rede pública é ofertada a vacina tipo C, com duas doses aos 3 e 5 meses e um reforço após um ano. Os médicos advertem os pais que deixar as crianças expostas ao risco de contrair a meningite é um perigo enorme, já que ela se manifesta de forma mais preocupante que a covid-19 nesta faixa etária.
A meningite pode ser fatal ou então deixar sequelas graves. Ela se apresenta subitamente e tem uma evolução muito rápida. De manhã, por exemplo, a criança está bem. À noite precisa ser levada ao pronto-socorro para internação.
Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas
