Sem trabalho e sem expectativa de retorno aos palcos, os músicos e demais profissionais ligados ao meio artístico continuam vivendo momentos difíceis por causa da pandemia.
O Jornal da Manhã conversou com o músico Geraldo Magela de Almeida, o Gê, guitarrista da banda Os Mísseis. Com quase 50 anos de profissão, ele se vê diante do maior desafio da carreira.
Depois de um ano completamente parado, Gê lamenta as perdas artísticas e financeiras. E diante das medidas de restrição impostas pelas autoridades sanitárias, disse que a classe precisou se reinventar para manter sua arte viva.
Ele também lembra que a pandemia provocou o cancelamento da programação comemorativa dos 50 anos dos Mísseis, que seriam celebrados em 2020. O grupo nasceu no início da década de 1970 e até hoje se mantém em atividade, sendo composto por Gê, Wilfredo Pontes, Chiquinho, Ivanzinho, Wayne e Dalvan.
Separados por causa da covid-19, os artistas vivem agora a expectativa de uma melhora no cenário pandêmico que lhes dê possibilidade de comemorar o cinquentenário da banda até o final desse ano.
Na tentativa de ver a arte e a cultura retomadas o quanto antes, o guitarrista pede às autoridades que estudem uma forma de flexibilização que ajude o meio artístico agonizante a sobreviver. Ele também faz uma crítica ao auxílio emergencial.
A retomada do auxílio emergencial, inclusive, foi tema de novo pronunciamento do ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmando que a ajuda financeira deve variar entre R$175 e R$375, dependendo da composição das famílias beneficiadas.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Minas
