Uma pesquisa realizada pelo Sebrae Minas mostrou como os pequenos negócios mineiros estão lidando com o aumento dos custos produtivos.
Sem muito poder de investimento, esses estabelecimentos acabam sendo mais prejudicados pelo efeitos provados pela pandemia de covid-19, aumento dos combustíveis – principalmente diesel - e guerra entre Rússia e Ucrânia, entre outras influências de mercado.
O levantamento mostrou que 47,4% dos pequenos negócios alegaram ter sido muito impactados pelo aumento dos custos. Os microempreendedores individuais (MEI) foram os que mais sentiram os efeitos, 49%, seguidos pelas empresas de pequeno porte, 47%, e pelas microempresas, 44%.
A pesquisa ainda questionou os empresários como eles estão lidando com esse cenário de alta. Mais da metade deles, 55%, responderam que tiveram que reajustar os preços dos produtos e serviços. Os pequenos negócios do Comércio lideraram o repasse dos aumentos, com 69% dos entrevistados admitindo a prática.
Em conversa com o Jornal da Manhã, o consultor de pequenas empresas, Fabiano Parreiras, que atua em toda região Centro-Oeste, disse que em determinado momento o repasse é inevitável, a questão é como e quando as empresas fazem isso, de forma a não assustar o consumidor e dificultar ainda mais a saída dos produtos.
Uma prática observada pelo consultor e que pode se transformar numa grande bola de neve para o consumidor é a inflação pela inflação. Ele explica o que significa esse termo e como ele pode ser prejudicial.
Fabiano Parreiras também fez uma previsão sobre o futuro da inflação em 2022. Apesar de ações do Banco Central, ele não vê mudanças radicais até o fim do ano.
O estudo do Sebrae Minas tem repercutido entre o meio empresarial, pois os pequenos negócios representam uma fatia significativa do mercado mineiro, sendo responsável pela geração de emprego e renda de milhares de trabalhadores. A pesquisa ouviu 746 empresários e gestores de pequenos negócios entre os dias 03 e 14 de junho.