Não é à toa que o consumidor está reclamando da alta no preço do ovo. Um novo levantamento sobre a cesta básica, feito pela Fundação Getúlio Vargas, mostra que ele aumentou em todo o país em índices que variam de 2,9% a 4,7%.
E no acumulado de 12 meses, a inflação do ovo já chega a quase 20%. A guerra da Ucrânia tem responsabilidade nisso, por causa do encarecimento da base de alimentos dos animais.
Mas a inflação brasileira também pressionou o preço da carne, do frango e de outras proteínas no ano passado. Então, o ovo acabou sendo o principal substituto, especialmente para as famílias de baixa renda.
Outro ponto que precisa ser levado em consideração é que parte do aumento também é sazonal, já que na Quaresma o consumo de ovos cresce. E o setor ainda está vivendo outra situação que influencia no preço final do produto.
Houve queda no ritmo de produção das granjas, porque os custos subiram muito. Com a oferta menor no mercado brasileiro, o setor diminuiu a atividade. Mas ainda há esperança para o consumidor final, já que a expectativa dos próprios avicultores é que com a redução da demanda em abril, os preços tenham uma ligeira queda.
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