Em vigor desde ontem, o novo reajuste da Petrobras para o preço diesel na venda às distribuidoras ainda não chegou ao consumidor final, mas a repercussão é grande.
O litro do combustível passou de R$ 2,81 para R$ 3,06. O reajuste de 8,89% foi justificado pela estatal como estratégico, para evitar o desabastecimento. Também influenciaram o reajuste o avanço nos preços no mercado internacional e a desvalorização do real frente ao dólar.
Mas essas explicações não foram suficientes para conter os ânimos dos sindicatos e outras entidades que representam os caminhoneiros. Eles já anunciam uma paralisação, que pode começar a qualquer momento.
A informação vem do presidente do Sindicato das empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais, Irani Gomes. Segundo ele, o movimento vem ganhando adesão de vários estados, caso do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santos, Goiás e Bahia.
Em Pará de Minas, embora ainda não se fale em adesão à greve, os motoristas se mostram inconformados com o aumento. Segundo Rodrigo de Oliveira Bernardes, profissional do volante há 9 anos, muitos colegas já abandonaram a atividade devido ao desequilíbrio entre os gastos com o veículo e o preço do frete.
Os sindicatos que organizam o movimento grevista não confirmaram a data de início da mobilização. Eles optaram pela ação “surpresa” para evitar eventuais impedimentos do governo, mas garantem que os motoristas já estão se articulando.
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